Lula ‘defende’ Bolsonaro – Em meio à polêmica sobre o “pressentimento” de Bolsonaro de que poderia haver diligências na casa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o ex-presidente Lula revelou que foi informado com antecedência sobre uma busca que a Polícia Federal faria na casa de seu irmão em 2007, quando ocupava o Palácio do Planalto.
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Em entrevista à rádio Eldorado, o pré-candidato petista à presidência alegou que ficou sabendo antes da operação por causa de diferença no fuso-horário, pois estava viajando, em vez de tratar o caso como um vazamento ilegal. Ele ainda cobrou um pedido de desculpas por parte da PF.
“No nosso governo, a PF foi na casa do meu irmão. Eu fiquei sabendo 12 horas antes, porque eu estava na Índia e tinha fuso-horário. E eu falei: ‘Se a Polícia Federal quer ir lá, que vá, investigue e depois peça desculpa’. O problema não é acusação, o problema é que quando você é canalha e faz a acusação, você tem que ter caráter e pedir desculpa, a palavra desculpa não custa nada”, disse.
Embora não tenha citado o caso, Lula estava se referindo a uma parte da operação Xeque-Mate que teve como um dos alvos Genival Inácio da Silva, o Vavá, que morreu em 2019. Em junho de 2007, a PF prendeu 77 pessoas acusadas de envolvimento com contrabando, tráfico de drogas e exploração de máquina caça-níqueis.
Já no caso de Bolsonaro, o inquérito que apura um esquema de corrupção na liberação de verbas do MEC envolvendo Milton Ribeiro e dois pastores ligados ao presidente da República foi parar no Supremo Tribunal Federal após vir à público uma conversa do ex-ministro que levantou suspeitas de que Bolsonaro poderia ter tido acesso e vazado informações sigilosas sobre as investigações da PF.
Nesta quinta-feira (30), a ministra Cármen Lúcia decretou sigilo sobre a ação. Devido ao foro especial do presidente, o STF deve decidir se o caso seguirá na corte superior ou voltará para a primeira instância.
Fonte: CNN Brasil