Lula encontra Márcio França em SP – O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) vai se reunir com Lula (PT) nesta terça-feira (22) para conversar sobre as divergências entre as duas siglas em torno da disputa pelo governo de São Paulo.
Os dois partidos discutem a formação de uma federação no plano nacional, em que se uniriam em torno da candidatura de Lula à Presidência da República.
Neste caso, o PSB abrigaria o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) para que ele fosse candidato a vice de Lula.
Se o acordo vingar, as legendas serão obrigadas a se unir também em São Paulo, lançando apenas um candidato ao governo do estado, como exige a lei das federações.
O que se ventila é que França deve recuar da candidatura para o governo para se candidatar ao Senado, tendo Paulo Skaf como suplente.
França diz ter mais condições de ampliar votos no estado, já que não teria a mesma rejeição do PT.
Mas o PT, com o apoio de Lula, não abre mão de lançar Fernando Haddad (PT) para concorrer ao cargo hoje ocupado por João Doria (PSDB).
Caso o impasse não seja superado, cada agremiação seguirá o seu rumo, fazendo campanhas separadas e inviabilizando a federação que sustentaria a candidatura de Lula.
Queda de braço
Petistas insinuam que, quando as conversas começaram, Márcio França teria concordado em concorrer ao Senado, abrindo espaço para Haddad ser o candidato a governador.
O debate na época era em torno da indicação de Alckmin como vice de Lula, e do consequente acordo que precisaria ser feito em São Paulo.
Haddad exige que França, com a formação da federação, terá que se unir à candidatura do PT.
França, no entanto, diz que jamais concordou em abrir mão da candidatura ao governo mantém a pré-candidatura.
O socialista tem sustentado que é preciso levar em conta também a rejeição ao PT no estado e o potencial de votos de cada candidato.
O PT, no entanto, não aceita dialogar e afirma que a candidatura de Haddad está sacramentada.
(Com informações de Mônica Bergamo em Folha de S. Paulo)
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