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Lula indica Zanin ao STF; advogado que o defendeu na Lava Jato; veja

Lula indica Zanin ao STF – Nesta quinta-feira (1º), o presidente Lula (PT) confirmou a indicação de seu advogado pessoal Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Eu acho que todo mundo esperava que eu fosse indicar o Zanin não só pelo papel que teve na minha defesa, mas simplesmente porque eu acho que Zanin se transformará num grande ministro da Suprema Corte desse país”, disse.

O presidente havia se encontrado com Zanin na noite desta quarta-feira (31), no Palácio do Planalto, e avisou autoridades, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que anunciaria a escolha para a vaga.

“Conheço as qualidades como advogado, conheço as qualidades dele como chefe de família e conheço a formação dele. Ele será um excepcional ministro do STF se aprovado pelo Senado e acredito que será e acho que o Brasil vai se orgulhar de ter o Zanin como ministro da Suprema Corte.”, prosseguiu Lula.

Quem é

Paulista de 47 anos, Cristiano Zanin tornou-se advogado de Lula em 2013 e ficou conhecido por defender o petista nos processos da Lava Jato.

Caso seja aprovado pelo Senado, Zanin assumirá a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que completou a idade limite para atuar na corte em 11 de maio, mas antecipou a aposentadoria para abril.

O advogado será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e terá que ser aprovado pelo plenário da Casa.

Zanin era apontado como favorito para uma vaga no STF desde que Lula venceu as eleições em 2022.

Em março deste ano, o presidente, em mais um indício de que pretendia indicar seu advogado, afirmou em entrevista que “todo mundo compreenderia” caso ele o escolhesse.

O perfil combativo de Zanin em relação à Lava Jato sempre agradou o atual presidente.

Zanin x Moro

O advogado protagonizou embates com o ex-juiz Sergio Moro, que era responsável pela Lava Jato e condenou Lula, e também com integrantes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que analisou decisões de primeira instância contra Lula.

Zanin sempre insistiu na tese de que Lula era inocente e que deveria brigar até o fim para arquivar todos os processos. Às vésperas da prisão do petista, em 2018, parte dos aliados do presidente defendia a tese de que ele deveria aceitar ir para prisão domiciliar como forma de evitar o regime fechado.

O agora indicado ao STF sempre foi contra a ideia de aceitar um meio-termo que deixasse o petista preso em casa. Lula seguiu seu advogado e, após ficar 580 dias na prisão, foi solto.

Posteriormente, Lula teve suas condenações anuladas e retomou sua elegibilidade, o que permitiu sua eleição para presidente em 2022.

Em 2020, a casa do advogado chegou a ser alvo de busca e apreensão por ordem do juiz Marcelo Bretas, à época responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.

Bretas foi afastado do cargo pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em fevereiro deste ano em processos que apuram se o magistrado teve desvio de conduta em negociações de delações premiadas.

Antes de ser confirmada, a indicação de Zanin despertou controvérsia no meio político nos últimos meses por causa da proximidade entre o presidente e seu advogado.

(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)

Por Redação

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