Lula luta contra o fascismo? – A campanha de Lula depois de um conjunto de pesquisas que vão desde 13 % de vantagem (Brasmarket) para Bolsonaro até  diferença de 15% (Ipec) para o petista, percebeu que envolto as discrepâncias e mudanças dos resultados, um dado comum se mantém , o ex-presidente chegou no seu topo , sem caminho para crescer. Pior, mostram um ascensão da rejeição para Lula, que agora atinge 47%, com 52 % de Ciro  e 50 % do atual presidente segundo a GenialQuaest.

Milhares de pedetistas lançam manifesto em defesa de Ciro; lideranças assinam

Abandonando o discurso de respeito ao contraditório , Lula lança estratégia de sabotar as outras candidaturas, e talvez levá-las a uma renúncia em seu favor. A candidata do PMDB sofreu inclusive uma tentativa de impedir sua postulação por parte do partido ligada a Lula. Mas o alvo maior tem sido Ciro Gomes do PDT. Lula determinou que se busque fomentar contatos juntos à líderes destas candidaturas para possibilitar defecções e traições, em vez de tentar o tradicional vira voto através de campanha nas ruas com eleitores de outras forças políticas. O intuito é desconstruir na cúpula de vez, já que na base tem sido difícil a migração de votos nesta etapa. Tudo em busca de uma vitória no primeiro turno, tentando fugir de um embate direto e imprevisível com atual presidente num segundo turno.

Organizada por aliados petistas ou neopetistas, está marcada no Rio de Janeiro para o dia 21 de setembro, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Engenheiros, onde fica a cidade sede do partido fundado pelo engenheiro Leonel Brizola. Patrocinada na verdade por forças petistas. Pedetistas históricos que abandonaram o partido algum tempo, farão ato ambicioso e ousado para ‘desautorizar’ Ciro e apoiar Lula no primeiro turno.

“Faremos uma reunião na próxima quarta-feira para deixar claro que o trabalhismo histórico não considera Bolsonaro e Lula iguais. Há diferenças, e não reconhecer o fato é uma tragédia para a democracia brasileira. Marina Silva, que declarou apoio a Lula deu exemplo de grandeza”, afirmou a imprensa carioca um dos organizadores, o professor Francisco Carlos Teixeira da Silva, que foi secretário de Estado Interino e subsecretário de Educação do Governo Brizola.

Já o presidente do PDT, Carlos Lupi, eterno aliado de Brizola, refutou o movimento e reclamou da campanha pelo voto útil para o candidato Lula. “Voto útil é bom para corrida de cavalo, porque você escolhe quem vai ganhar. Para presidente, você vota no melhor no primeiro turno”, reclamou e por fim negou qualquer possibilidade de aliança com Lula diante do assédio aos nomes do partido. “Armistício, só depois da guerra”.

Deve estar presente também o neto de Brizola, Leonel Brizola, ex-vereador pelo Psol, adversário do atual presidente do PDT, não conseguiu se reeleger para vereança e se lançou aos braços do lulismo para tentar se eleger deputado federal em 2022  exatamente pelo PT. Ele gravou vídeo lembrando: ” Brizola nos ensinou que a política não se faz com ressentimentos e ódios…a esquerda se não unir, seremos escada para direita…não é questão de voto útil, é uma questão de sobrevivência da civilização”.

O PT, enquanto tenta quitar candidaturas opostas, contraditoriamente esconde aliados que estão melhor na corrida eleitoral. No estado do Rio de Janeiro, Lula só declarou voto em André Ceciliano (PT) presidente da Alerj que tem 3% e se nega a falar nome do deputado Molon (PSB) do partido do seu vice, Geraldo Alckmin. O parlamentar socialista lidera empatado com atual senador Romário. Levantamento da Atlas/Intel divulgado nesta sexta indica que Romário (PL) tem 21,5% das intenções de voto ao Senado pelo Rio de Janeiro contra 19,7% de Alessandro Molon (PSB).

Na mais recente pesquisa divulgada nesta sexta-feira,16, ex-presidente Lula tem 43,4% das intenções de voto contra 34,8% do presidente Bolsonaro, segundo CNT/MDA feita entre os dias 12 e 14 de setembro. Em vez de tentar conversar mais com eleitor, marcou encontro com Temer, quem o PT chamava de golpista, em São Paulo, para minar Simone Tebet. É o vale tudo. Depois de tantas eleições e alianças heterodoxas, não se sabe do que Lula é capaz! Brizola dizia que “havia uma manobra de colocar o demônio e o coisa ruim no segundo turno, e o inferno iria ganhar sempre”.

Por Túlio Ribeiro, economista, mestre em história e doutor em política estratégica

(Publicado originalmente pelo site Tribuna da Bahia)
(Foto: Reprodução)

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Milhares de pedetistas lançam manifesto em defesa de Ciro

Milhares de integrantes do Partido Democrático Trabalhista (PDT) assinam um manifesto em defesa da candidatura de Ciro Gomes à presidência da República divulgado neste sábado (17).

Lideranças nacionais do PDT assinam o texto, entre elas a deputada estadual e candidata a deputada federal Juliana Brizola (PDT-RS), o deputado federal e presidente do PDT-MG, Mário Hering e o presidente do PDT de São Paulo e também candidato a deputado federal Antonio Neto.

Batizado de “Manifesto Trabalhista”, o documento repudia os “ataques orquestrados” à candidatura de Ciro Gomes (PDT) ao Palácio do Planalto.

Assista o BRI Análise desta segunda-feira (19) sobre o ocorrido: