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Lula contraria Marina sobre explorar petróleo no Amazonas: ‘Difícil não poder’

Explorar petróleo no Amazonas – Neste domingo (21), o presidente Lula (PT) sinalizou, durante reunião do G7 no Japão, que pode contrariar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e tomar partido em favor da autorização da exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

No entanto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) se posicionou de forma contrária à proposta da estatal, que vai recorrer do parecer.

Lula declarou que se riscos reais forem identificados, haverá veto à exploração.

“Se extrair petróleo na Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros, em alto mar, se explorar esse petróleo tiver problema para a Amazônia, certamente não será explorado. Mas eu acho difícil, porque é a 530 quilômetros de distância da Amazônia, sabe?”, disse o presidente brasileiro.

Pouco antes, durante sua coletiva de imprensa, Lula voltou a dizer que a Amazônia não deve ser transformada em um santuário.

“Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem”, avaliou.

Crise interna

O processo de exploração pela Petrobras na foz do Amazonas colocou em lados opostos ministros do governo Lula.

De um lado, Marina Silva chegou a comparar o episódio com a polêmica construção da usina de Belo Monte, em Altamira (PA).

Do outro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Patres, pressionam pela liberação da exploração.

Na última segunda-feira (15), Silveira defendeu o projeto e disse que o pretexto de um “pseudorrisco” não pode impedir a realização de um estudo para que se tenha “conhecimento científico das potencialidades e riquezas naturais”.

“O que se discute neste momento não é a exploração dos diversos poços daquela região. Se discute a autorização para pesquisar uma reserva da margem equatorial. Se nós vamos fazer a exploração dessas potencialidades ou não, é uma decisão a ser tomada em outro momento pelo governo brasileiro”, pontuou.

Randolfe deixa Rede

A região da Foz do Amazonas é chamada de “novo pré-sal” e tem sua exploração defendida por lideranças políticas da região, como o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP).

Randolfe anunciou sua saída do Rede Sustentabilidade após a decisão do Ibama com apoio de Marina – que integra o mesmo partido.

Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho decidiu barrar o pedido da Petrobras na última quarta-feira (17). A petroleira se mostrou surpresa com a decisão e assegurou que vai recorrer.

A decisão seguiu a área técnica do órgão, que apontou a existência de “inconsistências identificadas sucessivamente” e “notória sensibilidade socioambiental da área de influência e da área sujeita ao risco”, destacando a necessidade de “avaliações mais amplas e aprofundadas”.

(Com informações de Estadão)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Redação

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