Categorias
Mundo

Lula veta envio de munição à Ucrânia para uso em tanques; entenda

Lula veta envio de munição à Ucrânia – O governo brasileiro negou um pedido da Alemanha para que o Brasil fornecesse munição de tanques compatível com os que Berlim pretende enviar à Ucrânia para auxiliá-la no conflito uccontra a Rússia. 

Lula tomou a decisão no último dia 20, quando teve uma reunião com os chefes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio, um dia antes da demissão do comandante do Exército, Júlio César Arruda, que foi quem apresentou a proposta.

Ucranianos querem Lula contra Rússia e comparam Putin a golpistas

O pedido faz parte de um esforço do premiê Olaf Scholz de reunir esforços internacionais na área de blindados em auxílio aos ucranianos. Ele chega ao Brasil na segunda-feira (30), mas o Itamaraty não informou se o assunto será discutido. 

O mandatário alemão vinha sendo criticado por não enviar recursos suficientes ao país vizinho, até que nesta semana concordou em fornecer 14 tanques Leopard-2, além de anunciar que não imporá restrições a outros países que também desejem ceder blindados de fabricação alemã.  

Atualmente há cerca de 2.300 tanques do tipo em posse de 12 países na Europa. Por contrato, o fabricante deve autorizar a reexportação. 

Tanques no Brasil 

Segundo apuração da Folha, o general Arruda propôs que o Brasil cedesse os R$ 25 milhões em munição de Leopard-1, mas exigisse que a Alemanha não repassasse para a Ucrânia, o que não faria sentido. 

A procura por esse tipo de munição sugere que Berlim está disposta a ofertar o modelo antigo, que a fabricante Rheinmetall tem 88 unidades em estoque. Elas precisariam ser preparadas para uso, mas persistiria o problema de falta de munição. 

O Leopard-1 só é operado por Brasil (261 unidades, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres), Chile (30), Grécia (500) e Turquia (397). O tanque tem um canhão com calibre de padrão antigo, de 105 mm, enquanto o Leopard-2 usa munição de 120 mm. 

Negativa brasileira

No entanto, Lula avaliou que o melhor era não provocar os russos desta forma e manter a neutralidade brasileira no campo político e econômico, se recusando a aderir a sanções comerciais impostas à Rússia. 

Em evento na Argentina nesta semana, o presidente condenou a invasão russa, mas também já afirmou que Volodymyr Zelensky é tão responsável pela continuidade da guerra quanto Vladimir Putin, em entrevista à revista Time no ano passado. 

Este não foi o primeiro pedido de munição negado pelo Brasil. 

No ano passado, a Alemanha sondou extraoficialmente o governo para comprar do Brasil munição do blindado com canhões antiaéreos Gepard, que já havia aposentado, mas colocou de volta à ativa para enviar à Ucrânia.  

O Brasil ainda opera o modelo, mas não quis ceder suas munições aos alemães. 

Mais ‘nãos’ 

A Colômbia é mais um país que não está disposto a se indispor com a Rússia. Os Estados Unidos pediram ao governo de Gustavo Petro que cedesse antigos helicópteros soviéticos Mi-8 e Mi-17 para Kiev, mas levaram um não. 

Israel também se recusou a liberar um lote de mísseis antiaéreos Hawk. O país alegou que o material é velho e pouco confiável, mas tem relações com os russos, e elas nem sempre são amigáveis. Optaram por não criar mais uma crise. 

(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Redação

O Brasil Independente é um veículo jornalístico que tem como valores a defesa da soberania e de um projeto nacional emancipador.

Aponte sua câmera

ou

Chave: brindependentetube@gmail.com

Assine nossa Newsletter!

Cadastre-se agora e receba nossas novidadesx

Assine nossa Newsletter!

Cadastre-se agora e receba nossas novidades

Sair da versão mobile