Nicolás Maduro cria estado de Essequiba – Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro oficializou a criação do estado de “Guiana Essequiba“, alegando domínio sobre a região do Essequibo, historicamente disputada com a Guiana. A medida vem após um plebiscito em dezembro, que busca legitimar a reivindicação venezuelana sobre o território, o qual compõe dois terços da Guiana e que faz fronteira com o estado brasileiro de Roraima.
LEIA: Ciro Gomes vai a SP para debater produtividade de empresas
Maduro argumenta que existem de bases militares dos Estados Unidos na área, aprofundando o histórico embate com os norte-americanos. Segundo ele, as instalações visariam ações hostis contra a Venezuela, incluindo a cidade de Tumeremo, de onde o novo estado seria administrado.
“Temos informação comprovada de que, no território de Guiana Essequiba, administrado temporariamente pela Guiana, instalaram bases militares secretas do Comando Sul [do Exército americano], núcleos do Comando Sul e núcleos da CIA [agência de inteligência americana]”, disse o venezuelano.
O presidente guianense Irfaan Ali foi acusado por Maduro de ser um fantoche de forças estrangeiras, como o Comando Sul dos EUA e a empresa ExxonMobil, reais controladores das decisões políticas e militares do país.
O Ministério de Relações Exteriores da Guiana, reagindo às declarações, reiterou a soberania do país e denunciou ações venezuelanas como contrárias ao direito internacional. A região do Essequibo, rica em petróleo e motivo de orgulho nacional na Venezuela, é um ponto recorrente de mobilização política interna.
Maduro também sancionou uma “lei contra o fascismo”, interpretada como uma ferramenta de aumento da repressão pela oposição, com líderes como María Corina Machado alertando para riscos de detenções arbitrárias.
A controvérsia territorial ganhou novos contornos com a descoberta e exploração de petróleo na região pelo consórcio da ExxonMobil, também envolvendo a empresa chinesa CNOOC. Diplomacia e diálogo foram buscados, mas as recentes atitudes de Maduro podem indicar um retrocesso nas relações pacíficas, com a comunidade internacional observando a evolução dos conflitos entre Venezuela e Guiana.
(Com informações da Folha de S.Paulo)
(Foto: Reprodução)