Freixo x Bolsonaro – O deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ) definiu a reforma administrativa proposta pelo governo como “um projeto totalitário do Bolsonaro”. “Mais do que uma agenda liberal estamos assistindo uma bolsonarização do serviço público no Brasil. A reforma administrativa representa um projeto de poder autoritário em curso.”, disse Freixo.
O deputado participou de um debate sobre a reforma organizado pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), ocorrido nesta segunda-feira (05). “Podemos chegar a 100 mil mortos só no mês de abril e meio milhão de mortos no país no meio do ano”, denunciou o parlamentar, criticando a gestão de Jair Bolsonaro frente à pandemia de coronavírus no Brasil.
Desigualdade
Freixo lembrou que o país está há muito tempo na lista das 10 nações mais desiguais do planeta. “Ninguém aqui está defendendo um estado gigante e inoperante, mas um Estado que enfrente o maior desafio do último século e somos contra uma doutrina liberal que dialoga com a lógica fascista”.
O deputado carioca chamou a proposta de reforma como um processo de criminalização do servidor público, atendendo a uma lógica de mercado que só se preocuparia com os lucros. “A proposta de reforma administrativa do governo Bolsonaro é exatamente essa: o desmonte do Estado, que agrada a agenda o Paulo Guedes, que negocia pra um determinado setor do mercado absolutamente descomprometido com o crescimento econômico e combate à desigualdade social”
Fragilização do Estado
“A gente não deveria estar debatendo qualquer coisa que fragilizasse o Estado. Que reduzisse a capacidade de políticas públicas, nossa capacidade de investimento na saúde pública. E é essa a agenda, liberal”, argumentou Freixo, completando: “Quando essa reforma diz que pode não ter mais concurso público. Que pode não ter mais contratação de servidores estratégicos, reforça uma crise que já vivemos de forma muito aguda”.
Eleições de 2022
O psolista comparou as eleições presidenciais de 2022 com um plebiscito em relação à Constituição Federal de 1988. “A eleição de 2022 é um plebiscito da Constituição de 88. Se Bolsonaro for eleito, a Constituição perdeu. Se ele perder, ela ganhou”, reiterando o viés totalitário da reforma proposta pelo presidente: “A reforma administrativa é um projeto totalitário do Bolsonaro”.
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