Marisa é alvo de ação de despejo – Gigante do varejo brasileiro, a rede de lojas feminina Marisa é alvo de dez ações de despejo na Justiça por inadimplência em contratos de aluguel de imóveis.
As ações começaram em fevereiro deste ano, quando a empresa admitiu a incapacidade de honrar pagamentos que somam cerca de R$ 600 milhões.
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A partir disso, iniciou conversas com credores para renegociar prazos e rolar as dívidas. A ação mais recente, do início do mês (03), pede o pagamento de R$ 413.113,32.
No total, o valor das ações chega a R$ 10,1 milhões.
A varejista informou que renegociou contratos com vários fornecedores, incluindo locadores de imóveis.
“Essas renegociações estão, em sua maior parte, concluídas, sendo certo que a companhia vai procurar uma composição amigável com toda sua ampla rede de parceiros”, informou a empresa ao Estadão.
Pedidos de falência
Na última semana, a Marisa enfrentou pedidos de falência da parte de três credores por conta de uma inadimplência de R$ 800 mil.
A empresa tem fechado lojas, que empregam, em média, 20 pessoas.
A busca pelo equilíbrio financeiro é a meta da Marisa, que já teve quatro presidentes em menos de um ano. O novo presidente é João Pinheiro Nogueira Batista, que tem ido pessoalmente a lojas que decidiu fechar – com o objetivo de fazer as contas voltarem ao azul.
A estimativa é de que a Marisa feche 90 lojas no Brasil.
O caso eclodiu depois do rombo bilionário nas Americanas, que deixou os bancos mais criteriosos na concessão de crédito para as varejistas.
A taxa de juros elevada aumentou o endividamento das empresas que tomaram crédito na pandemia, quando o juro chegou a 2% ao ano.
Por isso, empresas brasileiras enfrentam neste ano uma onda de falências e pedidos de recuperação judicial para renegociar os pagamentos com credores.
(Com informações de Estadão)
(Foto: Reprodução)