Gabinete do ódio de Bolsonaro – Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid teria detalhado como funcionava o “gabinete do ódio” do governo Bolsonaro em seu acordo de delação premiada.
A informação é da colunista de O Globo, Bela Megale. Ela afirma que o detalhamento foi exigência da própria Polícia Federal (PF).
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Envolvidos no processo relatam que a PF exigiu que Cid delatasse a operação das milícias digitais e do gabinete do ódio para fechar o acordo, que foi homologado em setembro pela Justiça.
Na delação, Mauro Cid detalhou o papel que cada ex-assessor de Bolsonaro que atuava direta ou indiretamente na estratégia de comunicação digital que envolvia a disseminação de notícias falsas e ataques a desafetos do ex-presidente.
Entre os alvos favoritos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes, e o atual presidente Lula (PT). Nos bastidores de Brasília, não é raro escutar que um dos filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, tinha participação decisiva no “gabinete do ódio”.
Era comum a disseminação de conteúdos, como edições de vídeos e frases, via redes sociais, com o objetivo de atacar “adversários” do bolsonarismo.
O tenente-coronel teria dito o que sabe da relação de membros desse grupo com os integrantes do clã Bolsonaro, além de detalhar como os apoiadores de Bolsonaro se organizavam nas redes como milícias digitais.
Um dos focos dos investigadores com a delação do militar é angariar provas para o inquérito que apura como funcionam essas milícias. Mauro Cid também falou quais eram os integrantes do governo que estimulavam o uso do gabinete do ódio para atacar reputações e quais eram os que tentavam amenizar a tensão de Bolsonaro e o Judiciário.
(Com informações de Bela Megale em O Globo)
(Foto: Montagem/Reprodução)