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Juros Brasil
Na Bloomberg, o mercado financeiro “começou a apostar na maior alta de juros em uma década” no Brasil. E “a liquidação de ativos se aprofundou em meio à crescente preocupação com as perspectivas fiscais do país”.
Aposta-se num salto de 0,75 ponto pelo Banco Central, em duas semanas. Ilustra com, entre outros quadros, as intervenções do BC no câmbio, sem sucesso:
Na mesma direção, o financeiro chinês Caixin destacou artigo do ex-vice-ministro He Yafei, alertando que as maiores economias “esgotaram suas ferramentas financeiras” na pandemia, mas “flexibilização ilimitada da moeda, juros negativos, estímulo em larga escala não são almoço grátis: Um preço terá que ser pago”.
Deu um só exemplo: “Agora países como o Brasil estão em risco de insolvência”. O mercado vem demonstrando preocupação com a economia brasileiro, ainda mais depois da intervenção de Bolsonaro no comando da Petrobras.
Mais do que nunca
No Wall Street Journal, “Fazendeiros dos EUA estão plantando mais do que nunca”, sublinhando o “aumento da demanda por soja americana na China”.
Sites voltados ao setor nos EUA trazem títulos como “Todos os olhos estão voltados para as compras da China”. Mais especificamente, voltados ao segundo ano da “fase 1” do acordo comercial entre os dois países, com meta de importação ainda maior, sobretudo soja.
Paralelamente, sites americanos e indianos ressaltam as dificuldades por que passa a produção brasileira de soja e açúcar.
Biden diz não a México e Índia
O presidente americano voltou a conversar com o mexicano, mas pouco antes a Casa Branca divulgou, na chamada do WSJ, que “Biden não planeja compartilhar vacinas com o México”, como o colega vinha pedindo. As vacinas já foram compradas pelo México, mas as farmacêuticas americanas seguraram a entrega.
“O presidente deixou claro que o seu foco é garantir vacinas a todos os americanos”, adiantou a porta-voz da Casa Branca.
No alto do principal jornal indiano, Jagran, “Biden pode privar países em desenvolvimento da vacina”. Cita entidades e parlamentares americanos que pediram à Casa Branca a liberação das vacinas desenvolvidas pelos EUA, para produção por Índia e outros, sem resposta.
“Sem isso, muitos só terão acesso à vacina em 2024”, diz o jornal.
O maior laboratório do mundo
De Washington Post (acima, com a Estação da Luz) a CNN, passando por WSJ e muitos outros, a cobertura americana voltou a dar atenção à pandemia no Brasil, “pior do que nunca”. O WP ressalta o alerta que ouviu de Miguel Nicolelis, da Universidade Duke:
“Se não controlar, o Brasil será o maior laboratório aberto do mundo para a mutação do vírus.”
Fonte: Nelson de Sá/Folha de S. Paulo