Taxa de juros a 12% – Na última reunião, ocorrida no final de junho, o BC decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75%, mas indicou possibilidade de queda.
Agora, analistas do mercado reduziram suas estimativas para a inflação até 2026 e passaram a ver maior afrouxamento econômico neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (03).
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Dos 12,25% dos esperados antes, o levantamento mostrou que a expectativa hoje é de que a taxa básica de juros Selic encerre 2023 a 12,00%.
O levantamento ocorre por meio da percepção sobre o mercado a respeito de indicadores econômicos.
Na última reunião – ocorrida nos dias 20 e 21 de junho -, o BC manteve a Selic em 13,75%, mas indicou na ata desse encontro a possibilidade de iniciar um afrouxamento monetário “parcimonioso” na próxima reunião, que ocorrerá em agosto.
“A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, diz trecho da ata.
Corte em agosto
De acordo com o Focus, os economistas esperam um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião, em agosto.
A pesquisa semanal, que contou com uma centena de economistas, mostrou ainda reduções na perspectiva para a inflação de 2023 a 2026, com a alta do IPCA estimada abaixo de 5% este ano.
As previsões agora são de inflação de 4,98% em 2023, 3,92% em 2024, 3,60% em 2025 e 3,50% em 2026. De acordo com a pesquisa anterior, as estimativas de inflação eram de 5,06%, 3,98%, 3,80% e 3,72%, respectivamente.
Esses números indicam que o comitê está mais otimista em relação à situação econômica dos próximos anos, uma vez que as estimativas anteriores apontavam para uma inflação mais alta.
A meta oficial de inflação para o ano de 2023 é de 3,25%, e para os anos de 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento para este ano melhorou ligeiramente, em 0,01 ponto percentual, atingindo 2,19%. Para o ano de 2024, a estimativa subiu para 1,28%, em comparação com os 1,22% anteriores.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)