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Ministro do Trabalho: “Não é justo se beneficiar e não contribuir com sindicatos”

Contribuir com sindicatos – Nesta segunda-feira (09), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que os debates em torno da contribuição assistencial a sindicatos buscam compensar injustiças cometidas contra entidades representativas de trabalhadores na Reforma Trabalhista de 2017.

Todos os trabalhadores – associados ou não – se beneficiam das conquistas dos sindicatos das categorias, logo deveriam contribuir com o custeio da estrutura sindical, argumenta Marinho.

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“No Brasil, um acordo fechado vale para trabalhadores associados e não-associados. Não é justo que os não-associados participem do resultado e não deem nenhuma contribuição”, afirmou.

O ministro do Trabalho e Emprego comparou a situação à contribuição de moradores em condomínios privados.

“O síndico vem e diz que precisa fazer uma melhoria e reúne a assembleia. A assembleia aprova ou não aprova o investimento. Se aprovar, tem rateio. ‘Ah, mas eu não quero, não vou pagar, sou contra’ [um morador pode dizer]. Ele pode não pagar? Não pode”, declarou em evento de sindicalistas em São Paulo.

Marinho afirmou que é preciso valorizar as negociações coletivas, que dão força aos empregados frente aos patrões, lembrando que todos os trabalhadores terão a opção de se opor aos valores propostos pelos sindicatos nas assembleias promovidas pelas entidades sindicais.

“Ou nós queremos trabalhadores massacrados, com as entidades fracas, que não conseguem representar? Quem é contra, tem que assumir essa posição. Para mim esse é o debate”, declarou.

Sistema S

O ministro ainda afirmou que os sindicatos dos trabalhadores demandam mais urgência na elaboração de uma renda financeira do que os sindicatos dos empregadores, que criaram uma forma de “burlar” a reforma trabalhista de 2017.

“Os sindicatos dos empregadores, de alguma forma, foram preservados, até pela taxa de administração do sistema S que as representações de empregadores recebem. Dizem que não recebem, mas recebem”, afirmou Marinho.

“Os empregadores substituíram o imposto por uma burla no sistema S. Tem um repasse para algumas estruturas, obviamente que dependendo de quem está no topo da cadeia. Eles [sindicatos dos empregadores] têm a taxa de administração do sistema S”, declarou.

(Com informações de Poder360)
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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