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O que Kassab disse a Tarcisio que fez governador ir a reunião com Lula 

O que Kassab disse a Tarcisio que fez governador ir a reunião com Lula Decidido a não ir à reunião de emergência com governadores convocada por Lula nesta segunda-feira (9), o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), mudou de ideia após pressão de Gilberto Kassab para que colaborasse com os esforços nacionais para reprimir atos e acampamentos golpistas. 

Kassab teria ameaçado desembarcar do governo e levar consigo todo o apoio que reuniu em torno da eleição de Tarcisio, o que enfraqueceria a gestão. O presidente do PSD já estaria infeliz com a nomeação de bolsonaristas convictos para algumas secretarias importantes, e a falta de cooperação em defesa da ordem democrática seria a gota d’água, disseram interlocutores com acesso ao executivo estadual. 

O temor do governador em perder o PSD é que Kassab não teria dificuldade em aprovar até mesmo um impeachment que, caso acontecesse, beneficiaria o próprio PSD, já que o vice-governador, Felicio Ramuth, é do partido.  

Para aprovar um impeachment em São Paulo, é necessário que 62 dos 94 deputados estaduais votem a favor. Juntos, partidos de oposição e siglas próximas ao PSD somam 46 parlamentares, então a avaliação é que seria uma tarefa fácil para alguém com a influência de Kassab conquistar os votos restantes. 

Tarcisio repudiou violência 

Um dos pivôs do desentendimento entre Kassab e Tarcisio, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, capitão Guilherme Derrite (PL), chamou os atos criminosos em Brasília apenas de “manifestações”, enquanto seu chefe repudiou a violência. 

Em suas redes sociais, o governador garantiu que ações semelhantes não serão toleradas no estado. 

“Para que o Brasil possa caminhar, o debate deve ser o de ideias e a oposição deve ser responsável, apontando direções. Manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos. Não admitiremos isso em SP!”, escreveu. 

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Nesta segunda-feira (9), o governo e a prefeitura da capital começaram a cumprir a ordem judicial que deu um prazo de 24 horas para o desmonte de todos os acampamentos em frente a instalações do Exército e desobstrução de vias pública em todo território nacional. 

De acordo com Derrite, não haveria dificuldade fazer a desmobilização “pela certeza de que os manifestantes aqui de São Paulo estão realizando suas manifestações de forma pacífica”, disse.  

O secretário afirmou ainda que o grupo que está acampado ao lado da Alesp pedindo intervenção militar “cumpre o que o ordenamento jurídico e a própria Constituição garantem: a manifestação pacífica”. 

(Foto: montagem/reprodução)

Por Redação

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