Submarino nuclear do Brasil – O Brasil precisa obter certificação internacional de uma agência nuclear ligada à ONU para utilizar urânio enriquecido no reator do submarino que está construindo.
No entanto, o país passa por dificuldades para conseguir este aval dos órgãos reguladores por se recusar a aderir aos Protocolos Adicionais do Tratado de Não Proliferação Nuclear.
Por mais que 138 países e a agência europeia do setor sejam signatários destes protocolos, o entendimento do governo brasileiro é de que estes termos são uma forma de tutela exercida pelas potências atômicas.
A Marinha do Brasil discutiu cooperação com os Estados Unidos para receber auxílio tanto com a certificação quanto com engenharia. Todavia, devido a repetidos pedidos por informações adicionais, que impactavam o cronograma do projeto, este caminho foi abandonado pelo Itamaraty.
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Rússia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou apoio da Rússia em fevereiro deste ano, mas o início da ofensiva contra a Ucrânia impactou a continuidade destas negociações.
Em 6 de junho, o Brasil pediu à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU, para negociar termos que permitam o uso de urânio enriquecido no reator da embarcação.
Além da questão da certificação, restrições orçamentárias e a complexidade técnica do projeto também pesam no cumprimento do cronograma.
A estimativa é de que o submarino vá ficar pronto somente em meados da década de 2030, possivelmente com 15 anos de atraso.
(Com informações de Folha de S. Paulo e O Globo)