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Opinião: “A polarização mata e quem incita ódio é cúmplice”

A polarização mata – O Brasil assistiu horrorizado as cenas brutais de ódio político ocorridas no fim do semana e que custaram a vida de mais um brasileiro.

Em Foz do Iguaçu, no Paraná, uma discussão acabou com o assassinato do tesoureiro do PT na cidade, baleado por um policial bolsonarista e claro, um desprezível assassino.

Também armado, a vítima ainda conseguiu atingir o agressor, que está internado em uma UTI, em estado grave.

Isso aconteceu na noite de sábado.

Pois eis que na manhã do mesmo dia, Lula estava em Diadema e durante seu discurso, agradeceu um aliado – réu por tentativa de homicídio – por ‘defendê-lo’.

Explica-se: a ‘defesa’ foi agredir e empurrar um empresário bolsonarista que xingava o ex-presidente em frente ao instituto que leva seu nome.

O homem se desequilibrou, ao ser empurrado, batendo a cabeça e desmaiando em uma poça de sangue, no meio da rua.

O homem que Lula agradeceu passou sete meses preso preventivamente e atualmente aguarda julgamento em liberdade.

A filha do empresário bolsonarista relatou ao site Metrópoles que teve que ‘reviver a agressão’ ao ver fala de Lula, que classificou como um ato de ‘frieza’.

O homem jamais se recuperou na lesão, segundo a filha, e morreu de Covid-19 ao contrair o vírus por estar internado em um hospital, em dezembro.

Conto essa história por que é hora de as lideranças políticas que advogam serem defensoras da democracia agirem como tal.

Tem muita gente no Brasil incitando o ódio político e a intolerância, e não só na extrema-direita bolsonarista, não.

Aliás, eu estava presente quando militantes pró-Lula atiraram pedras e garrafas em direção a Ciro Gomes, que estava com a esposa, na saída de ato na Avenida Paulista, organizado para pedir o impeachment de Bolsonaro.

Impeachment esse que teve líder ‘democrático’ que não aderiu, não assinou, nem incentivou. E que agora jura que defender a democracia é votar, claro, nele.

Nem a pau, Juvenal.

Se Bolsonaro incita a violência e o ódio, sinto muito dizer, o lulopetismo radical também faz o mesmo.

Que o povo brasileiro abra os olhos e não caia nas mesmas mentiras de quem se acostumou a enganar e trair em troca de aplausos, mandatos e cargos.

Aqui, ninguém vai recuar e em nome da democracia, nós vamos até o fim.

Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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