Por Paulo Gala e Tarcisio Romero de Oliveira, via Blog do Paulo Gala
A Thyssenkrupp Marine Systems assinou contrato para adquirir o estaleiro Oceana (Itajaí/SC), da Aliança S.A., pertencente ao Grupo CBO, empresa de embarcações de apoio offshore e um dos maiores empregadores de profissionais marítimos qualificados no mercado brasileiro. O acordo cria a base inicial para a construção das fragatas da Classe Tamandaré para a Marinha do Brasil, bem como para um maior crescimento da empresa no país. A operação está sujeita à aprovação das autoridades antitruste e à entrada em vigor oficial do contrato das fragatas – previsto para meados de 2020. A aquisição será, então, executada por meio da subsidiária brasileira thyssenkrupp Marine Systems do Brasil. Por acordo, o valor da transação não será divulgado.
O estaleiro Oceana foi criado em 2013 para a produção de navios de apoio offshore de alta qualidade e tecnologia e é ideal para projetos de grande dimensão. Nos próximos dois anos, serão recrutados 800 trabalhadores locais apenas para o projeto da Classe Tamandaré. Isso significa que podem ser construídos no Brasil navios de alto valor agregado nacional. A entrega dos navios está prevista para o período entre 2025 e 2028. A Águas Azuis é uma sociedade de propósito específico estabelecida entre a thyssenkrupp Marine Systems (líder), a Embraer Defesa & Segurança e a Atech e será responsável pela execução das quatro fragatas. Tudo isso poderia ser brasileiro, com tecnologia e aprendizado produtivo doméstico. Mas não é, não será. Pobre Brasil.