Ciro intimado – Já tem um tempo que Ciro Gomes encabeça a oposição contra o governo colonial de Bolsonaro. É por isso que ele está sendo agora intimidado e ameaçado pelos inimigos do Brasil. A militância do campo nacional-popular não pode titubear agora! É hora de lutar!
Que Ciro já era a principal figura da oposição, não havia dúvidas. Pela primeira vez desde o golpe de 1964, um candidato com um projeto anti-imperialista aparecia com chances eleitorais concretas.
A campanha do candidato trabalhista foi uma ameaça real e radical à hegemonia liberal petucana que destruiu o que restava de nossa soberania econômica, devastada pelo regime colonial imposto pela turma do Golbery. E com esse programa verdadeiramente radical, escapando da lenga lenga liberal mal disfarçado por uma retórica pseudo-progressista dos petistas, Ciro chegou perto de evitar a catástrofe que foi a eleição Bolsonaro lesa-pátria. Não tivesse sido sabotado, a realidade do Brasil seria muito diferente.
Essa foi a dimensão histórica da campanha patriótica de Ciro Gomes.
Agora, o líder da oposição é ameaçado por falar a verdade: a catástrofe que se abate sobre o Brasil é um genocídio promovido por Bolsonaro. O presidente colonial e anti-brasileiro tem uma agenda clara de destruição do Brasil.
É a vassalagem de Bolsonaro à embaixada de Washington e aos interesses da Faria Lima que o levam a promover uma campanha massiva de desinformação que agrava os efeitos da pandemia. É o terraplanismo fiscal do mercado financeiro que quer chantagear o Brasil trocando o auxílio emergencial pela destruição do Estado Nacional. É a insanidade de um Teto de Gastos defendida pelos sacerdotes liberais que apoiaram esse governo colonial.
É por ter denunciado tudo isso que Ciro Gomes foi intimado e está sendo perseguido pela milícia colonial de Bolsonaro!
Mas nós, os trabalhistas, viemos de longe. Foi com seu peito escancarado que Cid Gomes enfrentou os mercenários antibrasileiros que queriam desestabilizar nosso país no episódio do motim policial no Ceará. Em cima de uma escavadeira, Cid sangrou pelo Brasil.
Brizola amargou o mais longo exílio de todos os perseguidos pelo regime colonial de Golbery. O caudilho incorporou em si o espírito de um povo que luta por sua soberania quando liderou a campanha da legalidade contra os traidores do Brasil em 61, para que Goulart tomasse posse.
Goulart pagou com sua vida pela luta pelo povo brasileiro. O Ministro do Trabalho que reajustou em 100% o salário mínimo foi assassinado de modo jamais esclarecido no exílio, depois de um golpe promovido pelos inimigos do Brasil.
Getúlio Vargas deu um tiro no próprio peito lutando pelo Brasil. Como disse em sua carta testamento, foi por não querer ver o povo brasileiro livre que os inimigos do nosso país obstaculizaram ao desespero o governo de Vargas. Justamente quando construíamos os esteios de nossa soberania energética: a Petrobras e a Eletrobras.
O episódio da repressão autoritária do bolsonarismo contra Ciro Gomes é parte da violência do imperialismo contra aqueles que lutam por nossa libertação nacional.
A militância deve estar em alerta e de prontidão. Não foi a primeira vez que um trabalhista é ameaçado pelas forças do imperialismo. E não será a última.
Quando lutarmos pela Petrobras, pela Eletrobras, pela tecnologia nacional, por nossa integridade nacional, pela nossa cultura, pela a Amazônia brasileira, pelos direitos trabalhistas, por nossos irmãos latino-americanos: as forças anti-nacionais nos perseguirão.
Temos de estar alertas e preparados para reagir!
Como dizia nosso velho comandante Brizola: “nossos caminhos são pacíficos, nossos métodos democráticos, mas, se nos tentam impedir, só Deus sabe nossa obstinação”
Militância, patriótica e popular, é hora de empunhar nossa bandeira e cantar:
Brava gente brasileira!
Longe vá, temor servil
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
Por Arthur Silva, sociólogo, patriota e palpiteiro. Graduado em Ciências Sociais. pesquisa Teoria da Dependência, História Brasileira e Ignácio Rangel.
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