Assassino de MT – O autor da chacina ocorrida em Sinop, no Mato Grosso, acaba de se entregar. Era de se esperar, visto que seu comparsa foi morto nesta quarta, em confronto com a polícia.
O assassino que ceifou sete vidas por causa de um jogo de sinuca, além de desumano, é covarde.
Sabia que seu destino seria o mesmo que o de seu cúmplice, se ousasse tentar fugir.
Na hora de executar pessoas desarmadas, foi valentão, brabo, justiceiro da injustiça.
Mas assim que viu que seu destino seria um caixão, afinou e como bom bunda-mole, implorou para se entregar. E o fez.
Pessoalmente, sou contrário à pena de morte por entender que tal medida serviria apenas como mais um instrumento para o Estado brasileiro matar jovens pretos das periferias do Brasil.
Mas confesso que a gente balança na convicção quando assiste a um caso desses.
Uma brutalidade despropositada. A total ausência de qualquer valor moral. Como escrevi, ontem, aqui, é a total banalização da vida humana.
Ninguém se respeita mais nesse país. O clima de ódio e de violência explodiu o tecido social brasileiro nos últimos anos e não adianta gritar que ‘o amor venceu’. O problema segue presente e vai dar trabalho, muito trabalho para reconstruirmos esse país.
Voltando ao canalha, é esperado que o assassino de MT jamais veja a luz do dia novamente sem portar algemas.
Ao se entregar, o criminoso disse que sua intenção era de “poupar vidas”.
A sua, claro, né cara-pálida.
Talvez a prisão perpétua fosse adequada a casos como esse. Não afirmo, mas reflito.
Particularmente, eu não consigo imaginar a possibilidade de um vagabundo desse nível ser solto para andar livremente pelas ruas do país.
Sua covardia destruiu vidas e famílias inteiras e não é justo que um elemento como esse tenha nova chance de viver em sociedade.
O Estado deve isso às famílias das vítimas.
É preciso dar exemplo nesse caso, para que no futuro, casos como esses estejam apenas na memória de um país que não aguenta mais chorar e enterrar seus filhos desse solo nada gentil.
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