Vamos virar fascistas para combater o fascismo? – Após anos de luta incessante contra o ódio bolsonarista e sua rede de notícias falsas, eis que o mais novo cabo eleitoral de Lula, o deputado mineiro André Janones, foi a público defender exatamente a mesma coisa.
“Mamadeira de piroca se combate com outra mamadeira de piroca! Printem isso e viralizem pelo zap! Vou fazer live também. Façam chegar em todo o Brasil! Olho por olho, dente por dente!”, defendeu Janones.
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Na visão do agora lulista, vale-tudo para enfrentar e derrotar bolsonarismo– o que é literalmente o mesmo discurso que o bolsonarismo faz em relação a Lula.
Não é possível que estejamos perdendo o bom senso.
Não é possível que a gente agora vai defender o cometimento de crimes pra combater criminoso.
Sabe quem argumentava isso em mesa de bar? Os lavajatistas.
Espalhar Fake News é CRIME. Sendo na eleição, é pior: é crime eleitoral e atentado contra o regime democrático.
Defender publicamente que o eleitor seja propositalmente enganado é algo que me enoja como cidadão, como jornalista e como eleitor.
Então, para combater o fascismo, vamos virar fascistas?
Qual o próximo passo? Escolhe algum torturador de um regime de esquerda para idolatrar?
Mas o que é isso, companheiro? Mas que papo é esse mermão?
Pra mim, quem engana o eleitor de propósito e conscientemente – não importa em nome de quê – só tem um nome: bandido.
E claro, inimigo da democracia.
Não é minimamente razoável que, para defender a democracia, nós rasguemos a Constituição.
Não entra na minha cabeça que, pra enfrentar bandido, a gente tenha que virar bandido.
É literalmente o caso do bandido bom, bandido morto.
Um filho chega pro pai e pergunta: ‘Mas pai, e se a gente matar todos os bandidos, assim na rua, fazendo justiça com as próprias mãos? Quem sobra?”.
E o pai, sensato como tem sido cada vez mais raro no país da mentira, responde:
“Só sobrarão os assassinos”.
Pois é.
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Este texto é opinativo e não reflete, necessariamente, a opinião do site Brasil Independente.
Confira o BRI Análise com Thiago Manga, diretor de redação do BRI, sobre o ocorrido: