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Oposição garantiu André Mendonça no STF, diz jornalista

Oposição garantiu André Mendonça no STF – Blog do Valdo Cruz/G1 – Aprovado por uma margem apertada no Senado Federal, André Mendonça virou ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) graças aos votos da oposição e à pressão da bancada evangélica em favor do nome “terrivelmente evangélico” indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Nas contas de senadores, ele teve mais de vinte votos de partidos de oposição e independentes em relação ao governo Bolsonaro.

Segundo senadores ouvidos por Valdo, se dependesse do voto de senadores governistas, André Mendonça teria seu nome rejeitado na quarta-feira (01).

Apesar de a votação ser secreta, nos bastidores os votos são revelados ou, pelo menos, há uma indicação da tendência de cada senador.

Na avaliação do resultado final (47 votos a favor e 32 contra o ex-ministro da Justiça), não fossem os votos de senadores da oposição ou independentes, Mendonça não teria conseguido os 41 votos necessários para a aprovação.

Nas contagens feitas por senadores, o Podemos, que filiou recentemente Sergio Moro para ser seu candidato à Presidência da República, votou em peso a favor de André Mendonça. São nove parlamentares.

Já o PSD, que vai lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), para a disputa presidencial do ano que vem, também votou em sua maioria a favor de Mendonça. A bancada do PSD é formada por 12 senadores.

Deputadas do PT trabalharam pela aprovação

A jornalista Malu Gaspar informa em sua coluna em O Globo que o ex-presidente Lula (PT) foi procurado por lideranças evangélicas do próprio partido para que não se opusesse à indicação de André Mendonça para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os religiosos, diz a colunista, formaram uma força-tarefa para tentar garantir a nomeação do indicado do presidente Jair Bolsonaro à Suprema Corte.

Entre as lideranças estariam a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e a deputada federal Rejane Dias (PT-PI), esposa do governador petista do Piauí, Wellington Dias.

No PT, cuja bancada tendia a votar fechada contra o nome de André Mendonça por suas posições favoráveis à Lava-Jato, pelo menos dois senadores votaram a favor dele.

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Outros partidos

No partido Rede Sustentabilidade, os dois senadores votaram também pela aprovação do ex-advogado-geral da União.

O Cidadania também votou pela aprovação de André Mendonça. Os três senadores, Alessandro Vieira (SE), Eliziane Gama (MA) e Leila Barros (DF), votaram a favor do novo ministro do STF.

Ou seja, avaliam interlocutores de André Mendonça, não fossem os votos desses senadores de oposição ou independentes, ele teria sido rejeitado.

Entre os 32 senadores que votaram contra André Mendonça, está boa parte dos parlamentares que são aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Um senador disse ao blog que os governistas continuavam fazendo campanha nesta quarta para derrotar a indicação do ex-ministro da Justiça, mas não tiveram sucesso exatamente porque ele foi praticamente abandonado pelo Palácio do Planalto.

No momento em que o governo deixou André Mendonça no sereno, dizem senadores, parlamentares da oposição e independentes decidiram votar pela sua aprovação.

“O André Mendonça virou uma vítima do governo e do Davi Alcolumbre [presidente da CCJ]. Isso, em vez de derrota-lo, acabou criando as condições para aprová-lo”, disse um parlamentar.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Antonio Neto: “Reforma trabalhista foi tragédia anunciada”

“As alterações em mais de cem itens da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, foram um ataque sem precedentes aos trabalhadores brasileiros.

Quatro anos após a aprovação da nefasta proposta, o Supremo Tribunal Federal segue julgando suas inúmeras inconstitucionalidades. Duas das alterações mais cruéis já foram derrubadas pelo STF: a permissão para a mulher grávida trabalhar em local insalubre e os empecilhos para o acesso à Justiça gratuita.

O Supremo ainda se manifestará sobre temas importantes, como o teto indenizatório em ações trabalhistas, o trabalho intermitente, o tal acordado sobre legislado e o fim da ultratividade, entre outros temas.”

Leia a matéria completa aqui.

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Por Redação

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