PDT lança Daciolo ao Senado – Após intensa disputa interna, está decidido: o ex-deputado federal Cabo Daciolo será o candidato do PDT ao Senado no Rio de Janeiro.
A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira (05), a poucas horas do fim do prazo para a oficialização das candidaturas majoritárias junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mais cedo, o PDT anunciou a escolha de Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador (BA), para ser candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes.
Daciolo disputava a vaga com o colega de partido e representante do PDT Axé, Ivanir dos Santos.
Com a decisão, Daciolo vai compor a chapa majoritária da sigla com o candidato pedetista ao governo do estado, Rodrigo Neves, e com seu vice, Felipe Santa Cruz (PSD).
A indicação do vice-governador fez parte de um acordo com o PSD do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Disputa intensa
A definição do nome pedetista para concorrer ao Senado no Rio vinha sendo alvo de intensos debates.
Para solucionar o impasse, chegou-se a cogitar uma candidatura coletiva ao Senado, sob a ótica de um mandato compartilhado.
A falta de consenso sobre quem seria o cabeça de chapa, no entanto, travou o acordo.
A escolha por Daciolo agrada correntes do partido que veem no ex-deputado um porta-bandeira da candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto no território fluminense.
Desde que declarou apoio à candidatura de Ciro, Daciolo não passar um dia sequer sem defender o Projeto Nacional de Desenvolvimento sob a ótica cristã.
Além disso, Daciolo possui grande aceitação entre a população pobre e sobretudo evangélica, tendo condições de disputar votos nestes espaços contra os rivais de Ciro, Jair Bolsonaro e Lula.
Martelo batido
O martelo foi batido em conversa entre Lupi, Daciolo e Ivanir. Os dois postulantes à vaga, aliás, se reuniram na quinta-feira (04) para tentar chegar a um consenso.
Carlos Lupi também quis ouvir o aliado e prefeito do Rio, Eduardo Paes, o candidato do PDT ao governo do RJ, o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves.
Todas as opiniões foram em levadas em conta antes da decisão final ser anunciado por Lupi.
Historicamente ligado ao PT – que tenta desarticular e inviabilizar a candidatura de Ciro a todo custo -, Ivanir dos Santos tinha como virtudes a sua importância histórica para o movimento negro, além de sua trajetória no combate à intolerância religiosa.
Postura não agradou
Não ajudou, porém, sua postura na discussão sobre uma chapa compartilhada.
Para aceitar tal acerto, Ivanir exigir ser o titular da chapa, demonstrando desconfiança sobre Daciolo cumprir o trato e renunciar após quatro anos para que ele assumisse, caso fosse eleito como suplente.
O grupo de Ivanir alegava que não há respaldo jurídico e que o ativista teria temia concorrer como suplente e, em um eventual mandato, não ver o acordo ser cumprido.
Também foi oferecida a Ivanir sua indicação para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Ivanir também não aceitou a oferta.
(Com informações de O Globo)
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