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PF faz operação contra desembargador por trabalho escravo em SC

Trabalho escravo em SC – A Polícia Federal realizou buscas na manhã desta terça-feira (06) na casa do desembargador Jorge Luiz Borba, em Florianópolis. O magistrado é suspeito de manter uma trabalhadora surda e muda em condições análogas à escravidão.

A pedido do Ministério Público Federal (MPF) de Santa Catarina, a Polícia Federal (PF) cumpriu o mandado contra o desembargador em Florianópolis.

A ação foi acompanhada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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De acordo com a representação do MPF, a trabalhadora – que é surda e muda – reside na casa de Borba há pelo menos 20 anos sem receber salário, nem assistência à saúde.

Além do desembargador, a operação também apura suspeitas contra a mulher de Borba por manter a trabalhadora em condição análoga à escravidão.

Trabalho forçado

A investigação conduzida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) ouviu testemunhas que relataram trabalho forçado, jornadas exaustivas e condições degradantes.

A vítima residia na casa do desembargador há pelo menos 20 anos, executando diversas tarefas domésticas, mas sem possuir registro na carteira de trabalho e sem receber salário ou quaisquer benefícios trabalhistas.

Além disso, também seria vítima de maus-tratos em decorrência das condições materiais em que vivia e da negativa dos investigados em prestar-lhe qualquer assistência à saúde.

A vítima, que também nunca recebeu qualquer instrução formal, era impedida do convívio social de acordo com os relatos recebidos na denúncia.

Na decisão que determinou a medida cautelar, foi autorizado o resgate da vítima e a emissão das guias para a quitação das verbas trabalhistas devidas.

Jorge Luiz Borba é graduado em direito pela Universidade Regional de Blumenau, pós-graduado em Direito do Trabalho pela mesma universidade e desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) desde 2008.

O site UOL tentou contato com o desembargador, mas não houve retorno. Procurado, o TJSC também não se manifestou sobre a operação da PF.

(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução)

Por Redação

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