O PL do Paraná entrou na Justiça com um pedido de cassação do mandato de senador de Sergio Moro por supostas irregularidades nos gastos da campanha. A intenção é cassar toda a chapa, não apenas o ex-ministro, o que levaria à realização de novas eleições para o cargo no estado. O segundo colocado na disputa este ano foi Paulo Martins, do PL.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral corre em segredo de justiça, mas de acordo com apuração do Estadão, o partido pede ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que se investigue gastos e doações antecipadas da campanha, apontando indícios de irregularidades.
A legenda tem como precedente o caso da ex-juíza Selma Arruda, que era chama de “Moro de saias”, que foi eleita senadora em 2018, mas teve o mandato cassado por irregularidades na prestação de contas da campanha. A vaga dela foi preenchida pelo terceiro colocado nas eleições daquele ano ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, Carlos Fávaro (PSD), que acabou ganhando a nova disputa.
De acordo com a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, a ação foi iniciativa do PL do Paraná em coordenação com a cúpula do partido de Bolsonaro. No entanto, a assessoria de imprensa da sigla informou apenas que se tratava de uma ação exclusiva do diretório estadual.
Procurados, o presidente do PL do Paraná, Fernando Giacobo, e o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, não quiseram se manifestar.
Já a defesa de Moro disse que não teve acessos aos autos da ação, mas que tem segurança na conduta do senador eleito e na lisura das contas da campanha.
Contas reprovadas
Na semana passada, o TRE-PR reprovou pela terceira vez a prestação de contas da campanha de Moro. Servidores da Corte já haviam apontado infração grave na documentação, mas a defesa do ex-ministro voltou a apresentar novos comprovantes para justificar gastos considerados inconsistentes. Desses, apenas três foram acatados pelos técnicos.
Informações: Estadão e O Globo
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