Policial mata homem por causa de uma pizza – Após matar o cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta por causa de uma fatia de pizza, o policial penal Marcelo de Lima teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia realizada neste domingo (02), no Rio de Janeiro.

De acordo com testemunhas, o policial atirou nove vezes na vítima após uma discussão por causa de uma pizza.

De acordo com o juiz do caso, não há nenhum elemento que apoie a tese da defesa de que o acusado agiu em legítima defesa.

O magistrado afirmou ainda que Marcelo tentou fugir.

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“Esse não é o tipo de comportamento esperado por aqueles que agem de acordo com a lei”, escreveu.

“Personalidade desajustada”

Ainda de acordo com o juiz, as circunstâncias do crime “revelam uma personalidade extremamente violenta e desajustada” de Marcelo.

Nas redes sociais, Marcelo costumava postar fotos segurando armas, venerava o ex-presidente Jair Bolsonaro, minimizava a pandemia e criticava ‘comunistas’.

A vítima estava com o amigo Bruno Tonini Moura, que também foi baleado e socorrido a um hospital. Ambos são torcedores do Fluminense.

Thiago Leonel era cinegrafista, fotógrafo e diretor de fotografia. Ele frequentava rodas de samba e foi um dos fundadores do Samba Pra Roda.

A “briga”

Testemunhas relatam que Thiago e Bruno estavam no bar após a partida entre Flamengo e Fluminense, quando Thiago pediu duas pizzas brotinho que estavam em uma estufa. Eram as duas últimas à venda.

A discussão começou pois o policial penal alegou também ter feito um pedido e tentou pegar uma das pizzas da mão de Thiago.

Houve um princípio de confusão, e Marcelo teria sido retirado do bar.

Uma testemunha afirma que o policial penal retornou minutos depois com uma arma e atirou nove vezes contra Thiago, que morreu na hora.

Ferido, Bruno foi levado ao hospital. Em nota publicada nas redes sociais, o Fluminense informou que foi submetido a cirurgia e está na UTI.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária disse que “repudia todo ato de violência praticado pelos seus servidores e acrescenta que será aberto um Procedimento Disciplinar Administrativo”.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)