Líder de caminhoneiros rompe com Bolsonaro – Um dos principais líderes da categoria de caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, se diz arrependido de ter apoiado o presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018.
A declaração ocorre no mesmo dia em que outra liderança dos caminhoneiros, Wanderlei Alves, o Dedeco, disse que “o Brasil tem que parar”.
Um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros ocorrida também em 2018 fez desabafo após a Petrobras ter anunciado um novo aumento no preço da gasolina, do gás de cozinha e, principalmente, do diesel.
“Apoiei o Bolsonaro, fiz campanha para ele, e de graça. Recebi a comenda do mérito de Mauá, o maior mérito do transporte que existe no Brasil, pelos serviços prestados ao transporte. E, com toda sinceridade, não trabalho mais para ele, não voto nele. Tudo o que prometeu para nós, ele não cumpriu”, diz Landim.
Presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Landim afirmou que Bolsonaro indicou àquela altura que pretendia mexer com a chamada política de paridade de preços internacionais.
Tal política transmite quase automaticamente para as bombas de combustíveis a alta do petróleo no mercado internacional.
“Bolsonaro tinha uma narrativa de que iria fazer alguma coisa pelo preço do combustível. Quando fizemos a paralisação, logo em seguida saiu um vídeo dele apoiando aquele ato, dizendo que se ele fosse presidente, iria realmente mexer. Colocou o Castello Branco (na presidência da Petrobras) com essa narrativa. Colocou o Luna (general Joaquim Silva e Luna, atual presidente da estatal) com essa narrativa. E melhorou? Piorou”, afirma Landim.
Para o líder caminhoneiro, foi um erro apoiar o candidato Bolsonaro.
“Não deveria ter apoiado em 2018, mas tivemos uma postura para trazer uma mudança para o país, com uma arma muito importante neste momento que são as redes sociais”, diz o representante da categoria.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal