Se o ministério apenas executa a política de governo, como observa Marcelo Queiroga, então é preciso mudar o governo, diz Roberto Freire
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, divulgou nota oficial na manhã desta terça-feira (16) cobrando a instalação da CPI da Pandemia para apurar não apenas as responsabilidades do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, mas também do presidente Jair Bolsonaro. Freire alerta que, se nada for feito, o legado do novo ministro da Saúde serão outras 260 mil mortes por Covid.
“Se o ministro da Saúde, como ele diz, apenas executa a política de governo – essa mesma política que tornou o Brasil o epicentro mundial da Covid -, então é preciso mudar o governo. E isso começa pela instalação da CPI da Pandemia”, cobrou, ao citar mandado de segurança do Cidadania no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), faça a leitura do requerimento.
“Pazuello precisa responder por ter deixado o Brasil sem vacinas, Manaus sem oxigênio e a doença sem controle. Bolsonaro precisa responder pelo patrocínio a essa política de morte cujos únicos beneficiários são alegres fabricantes de cloroquina e ivermectina e alguns financiadores de campanha”, completa.
Leia a nota abaixo:
Nota à imprensa
Bolsonaro continua ministro da Saúde: CPI da Pandemia Já
No momento em que o Brasil avança de forma célere e sem controle para a casa de 300 mil mortos na pandemia, a troca no Ministério da Saúde poderia sinalizar uma mudança de rumo, um alento para milhões de brasileiros vítimas da Covid.
Vítimas porque perderam entes queridos para a doença, porque ficaram com sequelas incapacitantes, porque perderam seus empregos e passam fome, porque tiveram de fechar os seus negócios e estão endividados.
Mas não foi o que se viu. Sai Eduardo Pazuello, entra Marcelo Queiroga e a Saúde e a ciência continuam tendo de pagar pedágio ao negacionismo de Bolsonaro. Pagamento que é realizado com a vida de milhares de brasileiros. É preciso confrontar o homem e sua obra.
De cada 4 mortes de Covid, 3 poderiam ter sido evitadas com uma estratégia medianamente razoável, diz o epidemiologista Pedro Hallal. Sob gestão de Pazuello, aquele que “apenas” obedecia a Bolsonaro, mais de 260 mil brasileiros perderam a vida. Marcelo Queiroga, pelas declarações que deu, reza pela mesma cartilha.
Se o ministro da Saúde, como ele diz, apenas executa a política de governo – essa mesma política que tornou o Brasil o epicentro mundial da Covid -, então é preciso mudar o governo. E isso começa pela instalação da CPI da Pandemia.
É urgente que o Supremo Tribunal Federal acolha nosso mandado de segurança para garantir o direito da minoria e mande o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ler o requerimento de CPI, que tem como primeiro signatário o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), seguido por 31 colegas dos mais diversos partidos, incluindo o Cidadania.
Pazuello precisa responder por ter deixado o Brasil sem vacinas, Manaus sem oxigênio e a doença sem controle. Bolsonaro precisa responder pelo patrocínio a essa política de morte cujos únicos beneficiários são alegres fabricantes de cloroquina e ivermectina e alguns financiadores de campanha.
Ou o legado do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, serão outros 260 mil brasileiros mortos pela Covid.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania