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Primeiro-ministro de Portugal renuncia após operação contra governo

Primeiro-ministro de Portugal renuncia – Nesta terça-feira (07), o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, do Partido Socialista, entregou seu cargo após ser alvo de uma operação das autoridades portuguesas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa anunciou que Costa é alvo de uma investigação sobre um suposto esquema irregular de exploração de lítio e de hidrogênio verde por parte do governo português.

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A polícia do país realizou operações de busca e apreensão em sua casa e em ministérios do governo. Além disso, prendeu o chefe de gabinete de Costa.

Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa disse que aceitou a renúncia. Sousa é, na prática, o chefe de Estado do país. Em um comunicado, o presidente português afirmou que se reunirá nesta quarta-feira (8) com os líderes dos partidos do país, para debater a realização de novas eleições.

“Obviamente apresentei minha demissão. Encerro com a cabeça erguida. Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou sequer de qualquer ato censurado”, disse Costa em pronunciamento nacional.

Costa cumpria seu terceiro mandato à frente do governo português. Segundo a PGR portuguesa, seu nome apareceu nas investigações. Os promotores afirmam que outros suspeitos afirmaram que o premiê interveio para desbloquear operações – em tese – irregulares.

Em janeiro de 2022, após dissolver seu então governo de coalizões inéditas que ficou conhecido como “geringonça”, António Costa venceu as eleições com maioria absoluta e, desde então, governa sem a necessidade de alianças.

Ele era considerado um dos chefes de governo mais estáveis e experientes em exercício da Europa.

Operação

Durante a operação desta manhã, a polícia cumpriu 42 mandados de busca a apreensão, entre eles:

  • A sede do Ministério de Infraestrutura;
  • A sede do Ministério de Meio Ambiente;
  • A Secretaria do Estado de Energia e Clima;
  • Empresas investigadas no caso.

O Ministério Público português afirmou que o ministro de Infraestrutura de Portugal, João Galamba, também é um dos investigados no caso.

A imprensa portuguesa também afirma que, além do chefe de gabinete, outras quatro pessoas foram detidas:

  • Um consultor próximo ao primeiro-ministro;
  • O presidente da Câmara de Vereadores da cidade de Sines;
  • Dois executivos de empresas ligadas ao suposto esquema.

O suposto esquema

As investigações que geraram os mandados de busca, apreensão e detenção apuram supostas irregularidades em contratos do governo para a exploração de lítio em minas portuguesas, além da produção de energia a partir de hidrogênio.

Três projetos diferentes, no total, são investigados no mesmo caso:

  • Concessões de exploração de lítio nas minas do Romano, no vilarejo de Montealegre, e do Barroso, no município de Boticas. Ambos ficam no norte do país;
  • Um projeto para uma central de produção de energia a partir de hidrogênio na cidade de Sines;
  • Um projeto para a construção de um datacenter, também em Sines, pela empresa Start Campus.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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