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Protesto no Irã termina com 41 mortos e jornalistas presos

Protesto no Irã – Novos protestos pela morte de uma jovem detida pela polícia da moral aconteceram neste sábado (24) no Irã, apesar da repressão sangrenta das forças de segurança, que deixou 41 mortos, segundo dados oficiais.

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Mahsa Amini, de apenas 22 anos foi presa pela polícia da moralidade iraniana por não estar usando o véu islâmico em visita aos pais em Teerã. A jovem morava no Curdistão, noroeste do país. No entanto, durante seu tempo na prisão, Mahsa precisou ser internada e veio a falecer, o que revoltou a população iraniana.

Centenas de manifestantes foram presos, juntamente com ativistas reformistas e 17 jornalistas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), entre eles Niloufar Hamedi, do jornal reformista “Shargh”, que noticiou a morte de Mahsa.

Dezenas de mortos

A TV estatal anunciou que o número de mortos era de 41, exibindo, também imagens de manifestantes nas ruas do norte e oeste de Teerã, bem como em “algumas províncias”, informando que eles haviam incendiado propriedades públicas e privadas.

O grupo Iran Human Rights estimou o número de mortos em 54, excluindo funcionários da segurança, e afirmou que, em muitos casos, as autoridades condicionaram a devolução dos corpos dos mortos às suas famílias a concordarem com enterros secretos. A ONG, com sede em Oslo, indicou que a maioria das mortes ocorreu nas províncias de Guilan e Mazandaran.

Segundo a ONG curda de defesa dos direitos humanos Hengaw, com sede na Noruega, os manifestantes “tomaram o controle” de partes da cidade de Oshnavih, na província do Azerbaijão Ocidental.

O Poder Judiciário do Irã admitiu que os manifestantes haviam atacado três bases da Basij”, milícia islâmica que trabalha sob ordens do Estado, em Oshnaviyeh, mas negou que as forças de segurança tenham perdido o controle da cidade.

Ebrahim Raisi, ultraconservador presidente do Irã, afirmou que tinha que lidar “com decisão” com aqueles que estavam por trás da violência. O comentário foi feito pouco depois de a Anistia Internacional alertar para “o risco de um derramamento de sangue ainda maior”, facilitado por um “apagão deliberado da internet” por parte das autoridades, em uma tentativa de dificultar as manifestações e evitar que as imagens da repressão cheguem ao exterior.

Na Europa, centenas de pessoas se manifestaram hoje em Paris, Atenas, Madri e outras cidades para denunciar as ações das autoridades iranianas contra os protestos.

(Com informações de UOL)
(Foto: Reprodução)

Por Redação

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