Protocolo usado no caso Daniel Alves – Deputados estaduais de São Paulo querem criar para o estado um protocolo semelhante ao das casas noturnas de Barcelona e que foi usado na denúncia de estupro envolvendo o jogador Daniel Alves. 

O protocolo é chamado “No Callem”, que em português significa “Não nos calemos”, e prevê que sejam tomadas medidas imediatas após uma denúncia de estupro para acolhimento da vítima, separá-la do agressor e acionar imediatamente as autoridades. 

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Ele foi criado em 2018 na cidade espanhola e é adotado por 25 casas noturnas e espaços de eventos. Dentre elas, a boate onde Daniel Alves teria estuprado uma mulher de 23 anos, que denunciou o ocorrido imediatamente à equipe do estabelecimento. 

A deputada Marina Helou (Rede) defende a criação de um mecanismo semelhante, que unifique outras ações de proteção à mulher. A ideia é convidar empresas de bebidas alcóolicas para patrocinar o projeto. 

“Hoje existem leis, diferentes iniciativas, ações de bares, restaurantes, mas tudo muito separado. O que estamos fazendo é uma grande articulação desses atores envolvidos”, conta. 

O protocolo incluiria medidas como treinamento dos funcionários desses estabelecimentos para acolher as vítimas, escutar seus relatos e ter uma postura de não cumplicidade com o agressor, ou seja, um conjunto de atitudes que ajudem as vítimas a fazerem a denúncia e inibam possíveis agressores. 

“Falaremos com os bares sobre como adaptar o seu espaço, colocando por exemplo placas que mostrem que a casa noturna faz parte do protocolo”, explicou Marina. 

Projeto na capital paulista 

Na cidade de São Paulo também há um projeto de lei na Câmara dos Vereadores para instituir um protocolo semelhante. Estabelecimentos e eventos que aderirem usariam um selo cedido pela prefeitura atestando a adesão. 

De acordo com o projeto, a participação seria voluntária e não prevê multas para aqueles que optarem por não seguir o protocolo de acolhimento. 

(Com informações de R7)
(Fotos: Divulgação)