PSB e PDT discutem formação de bloco partidário – Ex-aliados, o PDT e o PSB retomaram o diálogo para uma possível reaproximação a partir da próxima legislatura.
De acordo com Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, em um primeiro momento será estudada a possiblidade da formação de um bloco partidário para, a partir daí, ver se é possível evoluir para uma fusão ou federação.
A informação é da jornalista Juliana Braga na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo.
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As duas legendas já haviam se aproximado em 2018, com vistas a consolidar o apoio à candidatura presidencial de Ciro Gomes.
Na época, Lula (PT) interferiu no processo e, ao sacrificar a candidatura de Marília Arraes em Pernambuco para apoiar a candidatura do PSB no estado, impediu a aliança, com vistas a minar a candidatura de Ciro e, assim, beneficiar Fernando Haddad, que acabou derrotado por Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais daquele ano.
Após o ‘desastre’, o PSB e PDT formaram uma aliança nacional no início de 2019, rumo à 2022.
Em 2020, nas eleições municipais, a dobradinha elegeu prefeito ou vice de quatro capitais nordestinas: Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Maceió (AL) e Recife (PE).
Em São Paulo, Marcio França (PSB) disputou a prefeitura tendo Antonio Neto (PDT) como seu vice.
Efeito Lula
Porém, o acerto foi rompido pelo PSB após Lula (PT) ter seus direitos políticos reestabelecidos.
Em 2022, as conversas foram retomadas em um outro contexto. O PSB reduziu sua bancada de 24 para 14 deputados e o PDT elegeu 17 deputados. Somados, os dois partidos teriam 31 representantes.
O PDT elegeu a segunda maior bancada progressista do Congresso, atrás apenas do PT, que elegeu 68 deputados federais.
A atuação conjunta teria como objetivo, seja em um governo Lula ou de Jair Bolsonaro, possam se diferenciar como uma força de esquerda sem precisar se submeter a atuar como satélite do PT.
(Foto: Montagem/Reprodução)