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Reeleição de Bolsonaro causaria privatização da Petrobras, diz ex-ministro; entenda

Privatização da Petrobras – Ex-ministro de Minas e Energia do governo de Jair Bolsonaro (PL), Adolfo Sachsida afirmou nesta quinta-feira (13) que caso Bolsonaro fosse reeleito, privatizaria a Petrobras. Sachsida argumenta que a empresa seria mais eficiente e que a competição nos setores de petróleo e gás beneficiaria os consumidores e o país.

“Eu tinha em mente um modelo privado para a Petrobras, com competição no mercado. Sendo privada, ela poderia fazer o que quisesse com o dinheiro dela. Assim, o cidadão brasileiro estaria supostamente protegido contra quaisquer riscos de perdas que possam afetar o caixa da empresa.”, afirmou em entrevista ao Estadão.

No entanto, o ex-ministro reconheceu que a decisão final sobre o modelo da Petrobras cabe ao governo eleito, que notoriamente possui uma visão diferente sobre o futuro da estatal do Petróleo.

O economista também defendeu que a petroleira avance na exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas.

“É importante que o Brasil participe dessa atividade para aproveitar os recursos significativos que beneficiarão várias regiões do país.”

Na entrevista, defende que a experiência adquirida no pré-sal e uma regulação adequada garantiriam uma extração ambientalmente segura.

O ex-ministro de Bolsonaro também opinou sobre o BNDES, que segundo ele, deveria concentrar seus esforços em áreas estratégicas, como pequenas empresas e empresas de tecnologia, no setor privado, na transição energética e no agronegócio.

O seu argumento é de isso impulsionaria o desenvolvimento econômico do país de forma sustentável.

Fim da PPI

Sachsida criticou a mudança do atual governo na política de preços de combustíveis da estatal.

“Desvincular o Preço de Paridade Internacional (PPI) e não considerar os preços internacionais é um equívoco.”

O homem de confiança de Paulo Guedes – ex-ministro da Economia de Bolsonaro – afirma que a mudança prejudica a rentabilidade da empresa e a competitividade do setor.

A política de preços (PPI) adotada pela Petrobras desde 2016 tem sido alvo de críticas por parte de diversos setores da sociedade. A prática consiste em “dolarizar” as transações internas, vendendo o gás, o diesel e a gasolina internamente baseados na cotação global, calculada em dólar.

Essa política tem como consequência o repasse das variações cambiais e das cotações internacionais do petróleo para os consumidores brasileiros. A política adotada gerou a disparada dos preços dos combustíveis no mercado interno, gerando lucros exorbitantes para acionistas da Petrobras enquanto quebrava milhares de empresas brasileiras, incapaz de arcar com os custos cobrados em dólar.

Desta forma, a Petrobras deixou de cumprir seu papel social e estratégico para o país, favorecendo os interesses dos acionistas privados e dos consumidores estrangeiros.

(Informações de Estadão)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Redação

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