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Renúncia de Primeiro-ministro, milhares nas ruas; Relembre o ‘Panamá Papers’

Relembre o Panamá Papers – Neste domingo (3/10), a Pandora Papers, que faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), revelou que Guedes e Neto manteriam empresas no exterior em paraísos fiscais.

O líder da oposição e vice-presidente da CPI da Covid no Senado Federal, Randolf Rodrigues, entende que a manutenção de offshore por membros da política econômica do governo pode apontar uma série de irregularidades.

De acordo com reportagem bombástica assinada pelos jornalistas Allan de Abreu e Ana Clara Costa e publicada neste domingo (03) pela revista Piauí, documentos inéditos comprovam que o ministro da Economia Paulo Guedes possui uma ‘offshore’ milionário em um paraíso fiscal.

E mais: o presidente do Banco Central também teria feito o mesmo, ainda segundo a publicação.

Relembre agora os principais acontecimentos do escândalo do Panamá Papers de 2016.

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Primeiro-ministro islandês renuncia após escândalo sobre offshore

O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur Gunnlaugsson, apresentou sua renúncia ontem, dois dias depois de seu nome aparecer nos documentos da investigação conhecida como “Panama Papers”.

Após dizer que não deixaria o cargo, Gunnlaugsson cedeu aos protestos de milhares de islandeses que foram às ruas. De acordo com os papéis vazados, ele e sua mulher criaram uma empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas com a ajuda do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca.

O premiê é acusado de conflitos de interesse por não ter revelado seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar. Mais cedo, o presidente islandês, Olafur Ragnar Grimsson, havia negado o pedido de Gunnlaugsson de dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, o que tornou a situação do premiê praticamente insustentável. Segundo o jornal islandês Morgunbladid, membros do Partido Progressista, ao qual pertence Gunnlaugsson, se reuniram ontem e concordaram que ele não poderia mais permanecer no cargo.

Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo. Um grupo de jornalistas foi o responsável por divulgar milhares de dados sobre como o escritório abria empresas offshore para operações como lavagem de dinheiro.

Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo disse, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país.

O vazamento dos documentos desencadeou promessas de investigação e obrigou líderes, principalmente da Europa, a se defenderem de suspeitas. Dentre os citados no caso estão Ian Cameron, pai do premiê britânico, David Cameron, e aliados próximos ao presidente russo, Vladimir Putin.

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Panama Papers: ministro espanhol renuncia por vínculo com empresa offshore

José Manuel Soria anunciou sua demissão para, segundo ele, não prejudicar o governo interino, encabeçado pelo Partido Popular (PP)

O ministro interino da Indústria da Espanha, José Manuel Soria, anunciou sua demissão nesta sexta-feira após ser vinculado a empresas em paraísos fiscais. O nome de Soria foi mencionado no escândalo conhecido como “Panama Papers”, quando o vazamento de 11,5 milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca revelou informaççoes de mais de 214.000 offshores em duas centenas de países e territórios.

Soria negou o envolvimento com uma empresa offshore nas ilhas Jersey, revelado no escândalo, mas disse estar saindo para evitar prejudicar o governo interino, encabeçado pelo Partido Popular (PP). A renúncia acontece no momento em que a Espanha enfrenta uma provável segunda eleição geral em junho em consequência da votação inconclusiva de dezembro.

Na semana passada, o primeiro-ministro islandês, Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, dois dias após a divulgação dos Panama Papers, que o vinculam a uma empresa em um paraíso fiscal. Nos dias que se seguiram ao vazamento, milhares de islandeses protestaram em frente ao parlamento de Reykjavik para exigir a renúncia do primeiro-ministro.

Após escândalo do Panamá Papers, milhares vão às ruas pedindo a renúncia de premiê britânico

Cantora pop Lily Allen participou da marcha e pediu a renúncia do primeiro-ministro

Alguns manifestantes seguravam cartazes com as frases “Ele deve sair” ou “Desafio ao poder conservador”, enquanto outros usavam máscaras de porco e mostravam montagens do chefe de governo com um nariz de suíno

Alguns manifestantes seguravam cartazes com as frases “Ele deve sair” ou “Desafio ao poder conservador”, enquanto outros usavam máscaras de porco e mostravam montagens do chefe de governo com um nariz de suíno

A cantora pop Lily Allen, que tem um histórico de críticas a prática da evasão fiscal, participou da marcha, e se juntou ao coro de manifestantes que pedem a renúncia do primeiro-ministro

“Eu acho que ele foi desonesto e a confiança (nele) se evaporou
Um cordão de segurança foi montado em frente à casa do primeiro-ministro para impedir o avanço do grupo
Participando de um fórum de seu partido em Londres, Cameron não estava em casa na hora do protesto, mas em seu discurso no evento admitiu que é o único culpado pela situação atual
Na última quinta-feira (7), o primeiro-ministro admitiu que tinha 5 mil ações de um fundo offshore ligado ao seu pai, Ian, morto em 2010, e revelado pela investigação “Panama Papers”.
Segundo Cameron, ele vendeu suas cotas por cerca de 30 mil libras esterlinas antes de assumir o governo e pagou todos os impostos. Além disso, o premiê prometeu divulgar sua declaração de renda para provar sua inocência. No entanto, alguns deputados do Partido Trabalhista já começam a pedir sua renúncia ou cobrar explicações à Câmara dos Comuns.
O caso “Panama Papers” vazou milhões de documentos do escritório Mossack Fonseca, especializado em abrir companhias offshore em paraísos fiscais, e atingiu poderosos de todo o mundo, incluindo políticos, esportistas e empresários.

Os arquivos foram entregues por uma fonte anônima ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que os repassou para o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês). O órgão confiou os documentos a cerca de 400 repórteres de 80 países, que estão divulgando as informações aos poucos.

Fontes: 
Primeiro-ministro islandês renuncia após escândalo sobre offshore
Panama Papers: ministro espanhol renuncia por vínculo com empresa offshore
Após escândalo do Panamá Papers, milhares vão às ruas pedindo a renúncia de premiê britânico

 

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Por Redação

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