Ameaça nuclear contra Ucrânia – Dmitri Medvedev, ex-presidente russo de 2008 a 2012 e protegido do atual presidente Vladimir Putin, sendo ‘número 2’ dele no Conselho de Segurança da Rússia, afirmou nesta terça-feira (27) com todas as letras que “se for forçada”, a Rússia atacará a Ucrânia com bomba atômica, elevando ainda mais o grau de ameaça ao país vizinho.
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Em seu canal Telegram, Medvedev foi explícito sobre o emprego de artefatos nucleares contra a Ucrânia, algo antes apenas sugerido por ele e pelo próprio Putin não contra o vizinho, mas contra forças externas que interviessem de forma mais decisiva na guerra iniciada por Moscou em fevereiro.
“Vamos imaginar que a Rússia seja forçada a usar a mais assustadora arma contra o regime ucraniano, que cometeu atos de agressão de larga escala que são perigosos para a própria existência do nosso Estado”, afirmou.
“Eu acredito que a OTAN não vai interferir diretamente no conflito mesmo nesse cenário. Os demagogos do outro lado do oceano e na Europa não irão morrer num apocalipse nuclear”, completou.
EUA também faz ameaças
O cenário descrito por Medvedev é exposto após os Estados Unidos fazerem suas próprias ameaças em resposta à fala da semana passada de Putin, quando anunciou a mobilização de 300 mil reservistas enquanto promove a anexação de território ocupado na Ucrânia.
No domingo (25), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, havia dito ter deixado explícito ao Kremlin que o emprego da bomba teria consequências “horríveis” —ou seja, retaliação nuclear.
Por óbvio, tanto Medvedev quanto Putin exageram ao falar de apocalipse, já que no conceito de um ataque nuclear está a ideia de que você não o anuncia, justamente para ter alguma janela de tempo e evitar um contra-ataque letal.
Mas suas falas abrem a possibilidade preocupante de preparar terreno para o emprego de armas nucleares táticas, aquelas de menor poder destrutivo e capacidade de contaminar o ambiente, para vencer batalhas contra alvos militares.
O problema, no entanto, é a fronteira entre o uso de uma e de outra arma, algo que não está na doutrina militar russa ou americana.
Uma escalada imprevisível é a primeira opção na mesa.
(Colaborou Fred Gutilla / Com informações da Folha de São Paulo)
(Foto: Reprodução)
Moraes quebra sigilo de assessor de Bolsonaro; PF suspeita de rachadinha
A Polícia Federal (PF) investiga uma suspeita de ‘rachadinha’ no gabinete do presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
A corporação encontrou no telefone do principal ajudante de ordens do presidente, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conversas por escrito, fotos e áudios trocados que sugerem a existência de depósitos fracionados e saques em dinheiro.
Com base na apuração, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou a quebra de sigilo bancário de Cid, atendendo a um pedido da PF, que busca descobrir a origem do dinheiro e se há uso de verba pública.
Assista o BRI Análise sobre as suspeitas de rachadinha no gabinete da presidência da República: