Rússia na ONU – Embaixador da Rússia, Vasily Nebenzya disse instantes atrás na Assemblei Geral da ONU que a ação russa na Ucrânia é uma resposta à constantes agressões do governo ucraniano, sobretudo nas regiões separatistas do leste do país, Donetsk e Luhansk.
“As populações civis de Donetsk e Luhansk não receberam solidariedade das autoridades e da imprensa ocidental”, provocou.
Após as regiões sofrerem o pior bombardeio em sete anos no dia 18, a Rússia reconheceu a independência das autoproclamadas Repúblicas de Donetsk e de Luhansk.
Em seguida, o presidente Vladimir Putin autorizou a entrada de tropas russas no território ucraniano a partir do leste ucraniano.
Conflito de 2014
O embaixador russo lembrou que as tensões na região vêm escalando desde 2014, quando o então governo ucraniano democraticamente eleito simpático ao Oriente foi derrubado.
A ação teve larga participação de grupos neonazistas, que cometeram inúmeros crimes no decorrer da derrubada do governo.
A Rússia reiterou a denúncia de que tais grupos agem livremente no país, cometendo atrocidades contra descendentes russos enquanto dão sustentação política ao governo Zelensky.
Escudo humano
O diplomata da Rússia ainda criticou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky por convocar civis, incluindo mulheres e adolescentes, e mandá-los para o conflito armado.
Nebenzya condenou que famílias civis armadas com pistolas e coquetéis molotov sejam enviadas para enfrentar um dos exércitos mais bem treinados e equipados do mundo.
Acordo de Minsk
O russo reiterou o argumento do Kremlin de que a Ucrânia descumpriu o Acordo de Minsk ao bombardear as regiões separatistas do leste no último dia 18.
No acordo firmado entre Rússia e Ucrânia após a crise de 2014, o governo ucraniano se comprometeu a cessar os bombardeios nas autoproclamadas Repúblicas de Donetsk e de Luhansk.
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