Sangue, fezes e urina deixados por invasores ajudarão PF – Os vestígios orgânicos deixados por bolsonaristas durante as depredações do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal serão utilizados pela Polícia Federal para identificar os criminosos, informou Paulo Pimenta (PT), chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).
“Em algumas áreas, nós já tivemos a perícia concluída. Mas tem várias perícias ocorrendo. Foi achada uma granada no STF”, disse Pimenta. “Tem também uma perícia porque tem muito sangue, tem fezes, tem urina. Então, é possível fazer também a identificação dos criminosos pela coleta desse material orgânico. Tem muito material orgânico.”
Além da sujeira e vidraças quebradas, os invasores danificaram obras de arte e roubaram equipamentos como notebooks e câmeras fotográficas. “No comitê de imprensa, foram na parte do equipamento dos fotógrafos. Acervo. Tudo levaram”, disse.
Como será feita a identificação
Já neste domingo (8), as forças policiais apreenderam dezenas de ônibus que levaram os bolsonaristas que participaram da invasão até Brasília e agora trabalham para identificar todos os passageiros, donos e financiadores dos veículos.
Vídeo: Bolsonaristas agridem jornalistas em Belo Horizonte
A PF vai também analisar a lista de hóspedes de todos os hotéis e pousadas da capital federal que chegaram a partir de quinta-feira (5), as imagens das câmeras de segurança da recepção desses estabelecimentos, e recolher dados de geolocalização dos vândalos junto às operadoras de telefonia.
Na decisão em que afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, Alexandre de Moraes determinou também as medidas que deveriam ser tomadas imediatamente para identificação dos criminosos. A ordem do ministro é que os depoimentos dos proprietários dos ônibus sejam colhidos em 48 horas.
Moraes também solicitou que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informe os registros de todos os veículos que chegaram ao Distrito Federal de quinta-feira (5) a domingo (8).
A ordem estabeleceu ainda que as empresas de telecomunicações armazenem os por três meses “os registros de conexão suficientes para a definição ou identificação de geolocalização dos usuários”. A intenção é monitorar os passos de quem caminhou do Quartel-General do Exército até a Praça dos Três Poderes.
O ministro expediu a decisão atendendo a um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União) e do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
(Informações: Valor Econômico)
(Foto: reprodução/metropoles)