Setor que investiga Bolsonaro na PF – A Diretoria de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da Polícia Federal passará por mudança mais uma vez e terá um novo delegado responsável, o quarto desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Dias atrás, Bolsonaro curtia o Carnaval no litoral paulista quando foi hostilizado por banhistas.
A Dicor é uma das áreas mais sensíveis da polícia. A ela está vinculada a equipe encarregada de tocar os inquéritos que miram políticos que estão no cargo, incluindo o presidente da República.
Não está definido ainda se haverá mudança na composição desse grupo, chamado de Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores.
Uma das investigações apura se Bolsonaro interferiu no comando da PF para proteger parentes e aliados, suspeita levantada pelo ex-ministro da Justiça e presidenciável Sergio Moro.
Essa é uma das mudanças já definidas pelo novo diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes. Outras diretorias também vão ser trocadas.
O atual diretor é Luís Flávio Zampronha, que está no cargo desde abril do ano passado, quando Paulo Maiurino assumiu como diretor-geral.
Um dos nomes avaliados para substituí-lo é o do delegado Caio Rodrigo Pellim, atualmente na Superintendência Regional do Ceará.
As diretorias de Inteligência, Técnico-Científica e Gestão e Pessoal também devem mudar. As trocas devem ser formalizadas nos próximos dias no Diário Oficial da União.
A PF convive com uma série de mudanças desde o início do governo Bolsonaro. Márcio Nunes é o quarto diretor-geral em menos de 40 meses.
Na área de corrupção, a polícia registrou uma queda brusca de prisões no âmbito de operações nos últimos meses.
Fonte: Folha de S. Paulo
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