Sonegação de impostos – Agência Brasil – O Brasil deixa de arrecadar mais de R$ 417 bilhões por ano com impostos, devido às sonegações de empresas. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que o faturamento não declarado pelas empresas é de R$ 2,33 trilhões por ano. As cifras foram calculadas com base nos autos de infrações emitidos pelos fiscos federal, estaduais e municipais.
Segundo o levantamento, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi o imposto mais sonegado em 2018. Já em 2019, a sonegação do imposto de renda superou o ICMS. O IBPT descobriu que 47% das empresas de pequeno porte sonegam imposto. Já a taxa entre as empresas médias é de 31% e entre as de grande porte é de 16%.
Ao mesmo tempo, os valores sonegados são maiores no setor industrial, seguido pelas empresas de serviços financeiros e pelas empresas de prestação de serviços. O comércio ocupa a quarta posição. Mas se for considerarmos apenas o ICMS, o setor do comércio é o que mais sonega, seguido das empresas industriais e das prestadoras de serviços.
O mês de novembro concentra a maior quantidade de autos de infração. Isso porque é o mês da Black Friday, quando há aumento no volume de vendas, tanto por ocasião da promoção quanto pelas vendas de fim de ano.
Esses valores, no entanto, são uma estimativa. A sonegação total pode maior do que a calculada. Isso porque os fiscos não conseguem autuar todos que sonegam. Existe ainda o outro lado da moeda, dos autos de infração extintos ao longo do processo. Segundo o levantamento, 65,49% do que foi sonegado foi efetivamente autuado.
“Para que seja possível chegarmos ao Índice de Sonegação Fiscal, temos que considerar os contribuintes que sonegaram, mas não foram autuados, assim como o grau de aderência dos autos de infração, ou seja, qual a quantidade de autos de infração que permaneceu hígida após a exclusão dos autos de infração que foram extintos”, diz o levantamento.
OUTRAS NOTÍCIAS:
LEIA: Senador governista ligou para diretora da Precisa antes do escândalo Covaxin
LEIA: Helicóptero cai em fazenda no Mato Grosso com 300 kg de cocaína
LEIA: Escolas privadas e públicas reabrem em SP de forma desigual; saiba
LEIA: Randolfe Rodrigues: CPI já constatou crime de Bolsonaro no caso da Covaxin
LEIA: Bolsonaro perde no 2º turno para Ciro, Lula e outros, diz pesquisa
Queda na sonegação
Apesar dos números na casa dos bilhões, a prática de sonegação está em queda no país. Em 2002, o índice de sonegação foi de 32% e em 2004 atingiu o pico de 39%. Esse número foi caindo ano após ano, e chegou a 15% em 2019. De acordo com João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT, os mecanismos usados pelo fisco dificultaram a sonegação.
“Devido aos cruzamentos eletrônicos de dados e à melhoria da qualidade da fiscalização, pode-se afirmar que já foi bem mais fácil [sonegar], mas a cada ano isso fica mais difícil, tendo como reflexo do percentual de sonegação fiscal cair de 32% sobre o valor total arrecadado com tributos, para 15% em 2019.”
OUTRAS NOTÍCIAS:
LEIA: Vice-presidente, Mourão é aconselhado a renunciar por aliados
ASSISTA: Vídeo: Mulher racista ofende família e chuta policial; “Negrada dos infernos”
ASSISTA: Vídeo: Bolsonaro ‘peida’ ao vivo em entrevista e fica constrangido
LEIA: Neonazistas apoiam Bolsonaro há quase 20 anos, diz pesquisadora
ESPECIAL CONGRESSO CSB:
Ciro Gomes na CSB: “30 anos de neoliberalismo produziram esse Brasil trágico”
O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) disse nesta sexta-feira (23), ao abrir o 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que “30 anos de neoliberalismo produziram esse Brasil trágico”. O 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros conta com o apoio do Brasil Independente.
Leia a matéria completa aqui.
Vídeo: Eduardo Moreira dá ‘aula’ sobre neoliberalismo na CSB
Durante o painel ‘A revogação da destruição neoliberal’ do 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), o engenheiro e criador do movimento “Somos 70%” Eduardo Moreira deu uma verdadeira ‘aula’ sobre a ‘lógica neoliberal’.
Leia a matéria completa aqui.
Elias Jabbour na CSB: ‘Biden é resposta dos EUA ao desafio chinês’
O economista Elias Jabbour, professor de pós-graduação em ciências econômicas e relações internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), disse que a eleição de Joe Biden nos EUA é uma ‘resposta dos EUA ao desafio chinês’.
Leia a matéria completa aqui.
Nelson Marconi no Congresso da CSB: “Gerar emprego é o ponto principal”
Economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Nelson Marconi elegeu a geração de emprego como o ‘ponto principal’ de um processo de recuperação econômica do Brasil durante o 3º Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que ocorre neste momento e está sendo transmitido ao vivo.
Leia a matéria completa aqui.
Veja mais notícias no BRI.