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Suécia quer mudar lei que proíbe dançar – “Não é razoável que o estado regule a dança das pessoas.” A frase é do ministro da Justiça sueco, Gunnar Strömmer, presente num comunicado de divulgado em janeiro.
Na Suécia, uma lei criada em 1956 impede até hoje que o cidadão sueco – ou um turista em viagem ao país – dance ‘impunemente’ em qualquer lugar.
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“Ao eliminar a exigência de permissão para dançar, também reduzimos a burocracia e os custos para empresários e outros que organizam bailes”, acrescenta Strömmer.
Em plena era das dancinhas nas redes sociais, ainda é obrigatório que os interessados em organizar um evento em que se possa dançar em praças, parques, restaurantes, bares ou casas noturnas obtenham um documento chamado de “permissão de dança”.
A justificativa da lei – na década de 50 – era de que a atividade induzia o consumo de álcool, drogas e de comportamentos imorais, além de perturbar o sossego público.
A proposta do governo sueco é revogar essa necessidade de permissão para os estabelecimentos e substituí-la por uma simples comunicação, como uma ligação para a polícia, por exemplo.
Atualmente, o pedido precisa ser preenchido, encaminhado para a delegacia, com o recolhimento de uma taxa de inscrição de 870 coroas suecas – equivalente a cerca de R$ 500.
“Bizarro”
Nas ruas de Gamla Stan, centro histórico de Estocolmo, é comum ver pessoas reunidas nas calçadas dos bares, no frio de aproximadamente dois graus.
Os estudantes Lukas Johansson, 22, e João Gabriel Capato,16, comentaram a polêmica coo a coluna TAB, do site UOL, em uma mesa do pub The Bishops Arms.
“Eu não vejo como a dança seja da conta do governo. Por que eles regulariam isso? Acho que é uma lei ultrapassada”, diz Lukas.
A mãe de Gabriel, a brasileira Daniela Teixeira Rodrigues Capato, 43, é chef de cozinha do pub há quatro anos.
Ela explica que ali a “permissão de dança” existe apenas para uma das salas.
“É bizarro, mas só é permitido dançar na sala 2, que é onde acontecem os shows com música ao vivo. Na sala 1, a gente simplesmente não pode deixar as pessoas dançarem.”, conta.
(Com informações de TAB/UOL)
(Foto: Reprodução)