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Tarcísio dá cargo para irmão de Michelle Bolsonaro e para o próprio cunhado

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu cargos de confiança para um irmão de Michelle Bolsonaro, Diego Torres Dourado, e para seu concunhado, Maurício Pozzobon Martins.

Ambos serão assessores especiais do governo e terão salário de R$ 20,3 mil.  As nomeações foram publicadas no Diário Oficial desta quarta-feira (11).

Quem é Diego Torres Dourado

Diego é filiado ao PL e foi candidato a deputado federal nas últimas eleições. Ele foi da Força Aérea Brasileira de 2007 a 2015. Depois, foi nomeado assistente técnico no Ministério da Defesa, que também é um posto de confiança. Em março de 2021, recebeu a nomeação de assistente parlamentar da 1ª Secretaria do Senado, com salário de R$ 13,5 mil.

Ele lançou sua candidatura com o apoio dos deputados Hélio Lopes (PL-RJ), conhecido como Hélio Negão ou Hélio Bolsonaro, e Carla Zambelli (PL-SP), dois dos parlamentares mais próximos do ex-presidente.

Leia também: O que Kassab disse a Tarcisio que fez governador ir a reunião com Lula 

Em suas redes sociais, defende pautas apoiadas por bolsonaristas como liberação do porte de armas, e comemorou quando Bolsonaro decidiu tornar a vacinação infantil não obrigatória.

Quem é Maurício Pozzobon Martins

Maurício Pozzobon Martins também é militar e é casado com a irmã de Cristina da Silva Freitas, esposa do governador. O endereço em São José dos Campos que Tarcísio apresentou à Justiça Eleitoral para concorrer ao governo de São Paulo é de Maurício. Não se sabe se o apartamento foi emprestado ou alugado.

De julho de 2019 a junho de 2022, Maurício foi assessor da presidência da Infraero, órgão subordinado ao Ministério da Infraestrutura, que na época era comandado por Tarcísio.

O governador não explicou os critérios técnicos para nomear seu parente e o de Michelle.

Outros bolsonaristas no governo de São Paulo

Diego e Maurício são apenas os mais recentes nomes relacionados a Bolsonaro e seu governo a serem nomeados em São Paulo. Outros exemplos que “migraram” para o estado são:

  • Arthur Lima (Casa Civil): já trabalhou com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura;
  • Caio Paes de Andrade (Gestão e Governo Digital): ex-presidente da Petrobras, formado em Comunicação Social;
  • Guilherme Afif (Projetos Estratégicos): ex-assessor de Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, e foi coordenador da equipe de transição de Tarcísio;
  • Jorge Luiz Lima (Desenvolvimento Econômico): ex-assessor especial de Paulo Guedes;
  • José Vicente Santini (Chefe do escritório de representação em Brasília): ex-assessor especial de Bolsonaro, ele foi exonerado por usar avião da FAB para viagem oficial;
  • Lucas Ferraz (Assuntos Internacionais): secretário de Comércio Exterior, do Ministério da Economia;
  • Natália Resende (Transportes): era procuradora federal da AGU (Advocacia Geral da União) e foi consultora jurídica no Ministério da Infraestrutura, onde trabalhou com Tarcísio;
  • Rafael Benini (Projetos e Investimentos): foi diretor de controle econômico e financeiro da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), e trabalhou com Paulo Guedes;
  • Samuel Kinoshita (Fazenda e Planejamento): ex-assessor especial e braço direito de Paulo Guedes;
  • Sonaira Fernandes (Políticas para Mulheres): do Republicanos, foi vereadora e ex-assessora de gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Mais um nome que chama atenção é o atual Secretário de Segurança Pública, capitão Guilherme Derrite (PL-SP), que, apesar de não ter exercido cargo no antigo governo federal, destacou-se na política por sua militância pró-Bolsonaro.

Com informações de: G1, UOL e Extra

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