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Tom Cruise adere à greve de atores de Hollywood e pausa filmagem de ‘Missão Impossível’

Tom Cruise adere à greve – Tom Cruise, renomado ator de Hollywood, juntou-se à greve dos atores que afetou as filmagens da última parte da saga de ação “Missão Impossível”. A sequência, intitulada “Missão Impossível 7: acerto de contas parte 2”, estava programada para ser lançada em junho de 2024. No entanto, devido à adesão de Cruise à greve, a produção do filme teve que ser interrompida. Além de “Missão Impossível”, outros filmes impactados pela greve incluem “Deadpool 3”, da Marvel, e a sequência de “Gladiador”, dirigido por Ridley Scott.

O diretor Christopher McQuarrie explicou que a maioria das filmagens em locações internacionais já estava concluída, com exceção de uma cena crucial. Durante a estreia da primeira parte do filme em Roma, McQuarrie revelou ao Collider:

“Filmamos todas as nossas locações internacionais, exceto uma. Filmamos cenas de ação espetaculares, mas ainda falta gravar a maior e mais impressionante sequência, que é totalmente diferente de tudo o que já fizemos.”

Greve

A greve dos atores foi anunciada após uma votação unânime realizada pelo Sindicato dos Atores (SAG). A decisão de declarar greve foi motivada pela falta de acordo nas negociações, especialmente em relação a aumentos salariais e ao impacto do uso da Inteligência Artificial (IA) na indústria do entretenimento, incluindo filmes, séries e programas de TV e streaming.

Fran Drescher, presidente do SAG e conhecida por seu papel na série “The Nanny”, expressou sua indignação com a postura dos estúdios de cinema: “Os estúdios afirmam estar perdendo dinheiro enquanto pagam salários de centenas de milhões de dólares para seus CEOs. Isso é ofensivo. Eles estão do lado errado da história. O modelo de negócio foi completamente alterado pela era do streaming e pelos avanços da inteligência artificial. Precisamos lutar. Não aceitaremos mais essa situação. Os estúdios precisam compartilhar sua riqueza, pois sem os atores, eles não existiriam.”

A greve dos atores se soma à greve dos roteiristas, que já durava dois meses e contava com o apoio do SAG. Juntos, os sindicatos dos atores e dos roteiristas uniram forças para protestar contra as condições de trabalho e os contratos oferecidos pelos estúdios de Hollywood. Durante esse período de paralisação, várias personalidades do mundo do entretenimento manifestaram apoio aos roteiristas.

Essa é a primeira vez, desde os anos 1960, que Hollywood enfrenta uma paralisação generalizada, afetando significativamente as produções em andamento. Enquanto filmes com roteiros já finalizados conseguiram continuar as filmagens nas últimas semanas, como é o caso de “Gladiador 2” e “Mortal Kombat 2”, a adesão dos atores à greve interrompeu praticamente todas as produções em andamento.

A paralisação também impactou a divulgação de filmes que já estavam prontos, como “Barbie” e “Oppenheimer”. Os atores estão proibidos de participar de eventos de promoção e divulgação de seus projetos durante a greve.

Um dos primeiros eventos a sentir os efeitos da greve será a San Diego Comic-Con, uma das maiores convenções de filmes, séries e quadrinhos. É provável que os tradicionais painéis, que costumam contar com a presença de estrelas do entretenimento, sejam afetados pela ausência dos atores grevistas.

Embora as produções cinematográficas tenham sido amplamente afetadas, programas de televisão do gênero reality show e animações ainda poderão ser realizados durante a greve.

A Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP) expressou sua decepção com a decisão do SAG-AFTRA de abandonar as negociações. Em comunicado divulgado na manhã de quinta-feira, a AMPTP declarou: “Estamos muito desapontados que o SAG-AFTRA tenha decidido abandonar as negociações. É uma decisão do sindicato, não nossa.”

Bob Iger, CEO da Disney, com um salário anual de US$ 27 milhões, além de bônus, afirmou que roteiristas e atores não estão sendo realistas em suas demandas durante este momento desafiador para a indústria do entretenimento. Em entrevista à CNBC, Iger expressou sua preocupação com os impactos negativos da greve:

“É muito perturbador para mim. Falamos sobre forças disruptivas neste negócio e todos os desafios que estamos enfrentando, a recuperação dos impactos da COVID. Este é o pior momento do mundo para aumentar essa interrupção”

No início de junho, um grupo de mais de 400 atores, incluindo Meryl Streep, Jennifer Lawrence e Rami Malek, enviou uma carta aos líderes do SAG-AFTRA solicitando uma postura mais firme nas negociações contratuais. Eles argumentaram que as negociações haviam chegado a um “ponto crítico” e apresentaram uma lista de reivindicações, abrangendo desde salário mínimo até questões relacionadas à saúde.

Apesar dos esforços de alguns líderes do SAG-AFTRA para avançar nas negociações, muitos atores consideraram insuficientes as propostas que não atendiam a todas as suas demandas. A adesão de Tom Cruise à greve dos atores é um exemplo de como os atores estão unidos na busca por melhores condições de trabalho e compensação justa.

A greve dos atores e roteiristas de Hollywood representa uma mudança significativa na indústria do entretenimento e evidencia a necessidade de um novo modelo de negócios que leve em consideração as transformações trazidas pelo streaming e pela inteligência artificial.

(Informações de O Globo)
(Foto: Reprodução/Montagem)

Por Redação

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