Toyota fecha fábrica histórica no ABC paulista – A fabricante de automóveis japonesa Toyota encerrou, de vez, as operações da planta de São Bernardo do Campo (SP). O fechamento ocorre no mês em que a montadora comemorou a marca de 300 milhões de veículos produzidos desde 1935. A unidade do ABC paulista foi a primeira fábrica da marca fora do Japão, inaugurada em 1962.
A Toyota realizou o desligamento dos últimos 150 funcionários da unidade na última quinta-feira (16), cinco dias após o encerramento definitivo das atividades da planta, que focava na produção de peças para veículos das outras unidades brasileiras e para exportação à Argentina e Estados Unidos.
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A Toyota anunciou o fechamento da unidade em 2022, esclarecendo que a mudança seria feita de forma gradual a partir de dezembro. A conclusão do processo estava prevista para novembro de 2023, o que, de fato, ocorreu. Na época, a Toyota pretendia transferir os funcionários interessados para as outras unidades do grupo em Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz – todas localizadas no interior de SP. Eram 550 trabalhadores, na ocasião.
De acordo com a montadora, 120 trabalhadores aceitaram a mudança e os demais acabaram desligados da empresa. A gigante japonesa afirma que precisou fechar a fábrica histórica por motivos estratégicos.
“A concentração das operações no interior paulista oferece oportunidades de crescimento para a Toyota na competitividade da companhia diante dos desafios do mercado brasileiro”, diz a marca.
Com a inauguração das outras três fábricas da Toyota no Brasil, em Indaiatuba (1998), Sorocaba (2012) e a de motores em Porto Feliz (2016), houve especulações sobre o destino da unidade do ABC. Entretanto, a marca sempre disse que manteria a planta.
Há cinco anos, a empresa instalou no local seu o primeiro Centro de Pesquisa Aplicada na América Latina. Só havia estruturas desse tipo no Japão, EUA, Europa e Tailândia. O objetivo consistia em realizar mudanças nos carros fabricados no Brasil sem depender da matriz.
Além disso, tinha como objetivo criar edições especiais, avaliar novos materiais e, no futuro, talvez até desenvolver carros para a região. No entanto, os planos ficaram só no papel.
(Com informações de Estadão)
(Foto: Montagem/Reprodução)