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Transição pede que governo suspenda venda de ativos da Petrobras

O grupo de Minas e Energia da Equipe de transição enviará à Petrobras um pedido para suspender a venda de ativos, como refinarias e gasodutos, até a posse de Lula como presidente da República. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do grupo de trabalho, afirmou que fez a solicitação ao ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, nesta terça-feira (22). 

Um dos processos de venda que preocupa a transição é o da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil. “Esse é um processo complexo que envolve relações com governo da Bolívia, toda uma programação do sistema de gás com Argentina, Bolívia e Brasil, enfim, não é uma coisa que se possa fazer a toque de caixa, no final do governo”, defendeu. 

Desde 2016, com início do governo Temer, a estatal tem vendido ativos que não considera estratégicos, alegando que a decisão foi tomada para o pagamento de dívidas. Recentemente, a empresa iniciou a venda de imóveis, que Prates revelou que também solicitou a paralisação. 

No entanto, o senador disse que não há como impedir a venda de refinarias que estão com o negócio em processo avançado e que é possível que haja novas negociações no futuro, apesar de Lula ter se posicionado contra a venda de refinarias durante a campanha. 

“Nós nos manifestamos várias vezes, o presidente Lula também, contra a venda de ativos dessa forma que está sendo feita. Não quer dizer necessariamente que não haja venda de ativos no futuro, mas isso é uma avaliação que vai caber com muita parcimônia e cuidado à nova gestão”, disse Prates. 

Transição tranquila 

O senador contou ainda que, durante a reunião, o ministro Sachsida se comprometeu a não editar qualquer decisão de cunho estrutural e estratégico até o fim do ano. A atitude rendeu elogios ao atual chefe da pasta de Minas e Energia. 

“Foi muito importante essa medida que o ministro anunciou de não haver surpresas nem sobressalto nesse período de final de governo”, disse Prates.  

“A visão dele, e eu acho correta, é que cabe agora ao próximo governo tomar as medidas estruturais que considere necessárias”, falou o coordenador do grupo de transição para a área, Maurício Tolmasquim. 

Política de preços 

Prates indicou que o próximo governo pretende mudar a atual PPI, política de Preço de Paridade Internacional, em que o preço dos combustíveis é reajustado pela Petrobras de acordo com a cotação do dólar e do valor dos produtos no mercado internacional. 

“Não é a Petrobras que baixa a política de preço de combustíveis no Brasil. É uma questão de política setorial, de governo”, afirmou. Segundo ele, a equipe de transição opinará sobre a questão, mas somente após a posse é que haverá alguma decisão definitiva. 

“A gente vai contribuir, mas é principalmente a agência reguladora e o ministério que fazem esse processo, e isso vai se dar já dentro do âmbito no novo governo”, explicou. 

Fonte: G1

Por Redação

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