Trump financia candidatos republicanos – Desde o início de outubro, as cinco disputas consideradas essenciais aos republicanos em sua investida para retomar o controle do Senado, vêm recebendo investimentos do Maga Inc., um super-PAC (Comitês de Ação Política, em português) do ex-presidente Donald Trump, gastou US$ 8,5 milhões com anúncios em Ohio, Pensilvânia, Geórgia, Nevada e Arizona.

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Criticado ao longo do ano por não dar maior apoio financeiro a candidatos republicanos, além de ter endossado amplamente as primárias de seu partido – algo que beneficiou muitos candidatos republicanos marginais, alguns dos quais acabaram derrotando membros mais conhecidos do establishment da legenda – Trump resolveu despender alguns milhões de dólares nas semanas finais da campanha em algumas das disputas mais concorridas a vagas no Senado.

O dinheiro gasto pelo Maga com anúncios contra democratas, que incluiu: US$ 2,3 milhões em Ohio contra Tim Ryan, o maior montante injetado nas cinco disputas; US$ 1,6 milhão na Geórgia em anúncios atacando Raphael Warnock; US$ 1,2 milhão em Nevada contra Catherine Cortez Masto e US$ 1,8 milhão no Arizona, em anúncios contra o senador Mark Kelly, candidato à reeleição, e em apoio ao republicano Blake Masters.

Porém, embora seus comitês tenham injetado dinheiro em algumas das disputas, só o fizeram de modo seletivo, visto que os gastos representam apenas uma ínfima fração da arrecadação que os grupos ligados a Trump já angariaram durante o ciclo das midterms de 2022.

Ao todo, dos US$ 185 milhões de doadores neste ciclo eleitoral, as oito PACs vinculadas a Trump gastaram menos de um décimo desse total para apoiar outros candidatos republicanos. No final de setembro, ainda tinham US$ 118,1 milhões em caixa.

Este tema vem causando problemas internos aos republicanos: Um consultor republicano ligado ao ex-presidente, que não quis se identificar, disse que é injusto esperar que grupos ligados ao ex-presidente gastem tanto com as midterms quanto os comitês partidários tradicionais, porque não seria tarefa de Trump recuperar a maioria republicana no Senado, ao passo que, outros doadores republicanos encaram com mais cinismo os gastos de última hora feitos por Trump, após o ex-presidente se abster tanto tempo de ajuda-los:

“Basicamente, ele vai poder dizer que desembolsou dinheiro, sem ter desembolsado muito”, afirma Dan Eberhart.

“Se os candidatos ganharem, ele cantará vitória. Se perderem… Bem, dirá que eram perdedores —então por que deveria gastar dinheiro com eles? Dirá que foi esperto por não ter jogado dinheiro fora para promovê-los.”

David Tamasi, outro doador republicano que já repassou dinheiro a Trump, concorda que é difícil caracterizar as doações feitas pelo ex-presidente como significativas.

Ainda sob investigação do FBI, Trump que vem repetidamente dando a entender que vai se lançar à Presidência outra vez, mas ainda não anunciou sua candidatura formalmente, mas demonstra que está guardando boa parte do dinheiro que levantou neste ciclo eleitoral de olho na eleição presidencial de 2024.

(Com informações de Estado de Minas)
(Foto: Reprodução)