Vice-presidente do PT sai em defesa de Brazão – Vice-presidente nacional do PT e deputado federal, Washington Quaquá saiu em defesa do ex-deputado Domingos Brazão, citado na delação de Ronnie Lessa como mandante do assassinato de Marielle Franco.
Líder de um poderoso clã político no RJ, atualmente Brazão é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
Ex-prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá escreveu um artigo questionando a delação de Ronnie Lessa.
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“Conheço o Domingos Brazão de longa data, inclusive de campanhas eleitorais nacionais onde ele esteve do nosso lado. Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade”, disse.
“Espero que as acusações que estão lhe fazendo não sejam validadas com base apenas na delação de um assassino ligado ao bolsonarismo. É imprescindível que se apresentem provas concretas que possam confirmar a delação”, prosseguiu Quaquá.
Campanha para Dilma e Bolsonaro
Na última campanha da qual participou antes de virar conselheiro do TCE, em 2014, Domingos Brazão pediu votos para Dilma Rousseff (PT). Na época, Brazão era deputado estadual pelo MDB e chegou a exibir adesivos da petista em carreatas ao lado de Eduardo Cunha (MDB), cacique do partido no Rio de Janeiro.
Eduardo Cunha foi reeleito deputado federal, se elegeu presidente da Câmara dos Deputados e no final de 2015, aceitou um pedido de impeachment da então presidente Dilma, que seria derrubada meses depois.
Já em 2022, o irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, pediu votos para a reeleição de Jair Bolsonaro. Quando Bolsonaro era presidente, seu governo concedeu passaporte diplomático a Chiquinho Brazão – que aparentemente não é investigado no caso Marielle.
Leia, abaixo, a íntegra do posicionamento do vice-presidente nacional do PT:
“O assassinato da vereadora e militante do PSOL, Marielle Franco, foi uma das maiores brutalidades e covardias cometidas no Brasil e, em especial, no território do Rio de Janeiro.
A elucidação de seu assassinato, desde os banditismos de esgoto que participaram do ato covarde, apertando o gatilho e participando diretamente da ignomínia, até os seus mandantes e seus motivos, é um imperativo civilizatório e uma necessidade da afirmação do Estado Democrático de Direito, contra a ordem da desordem do crime que avança no território do Rio de Janeiro.
No entanto, o pior que pode haver é – no açodamento midiático de encontrar solução para o assassinato de Marielle – não haver rigor na apuração das circunstâncias e motivações do crime. O Capitão Adriano e o tal Ronnie Lessa eram/são, por exemplo, muito ligados à trupe bolsonarista, representantes desta desordem do território no campo da política.
Conheço o Domingos Brazão de longa data, inclusive de campanhas eleitorais nacionais onde ele esteve do nosso lado. Sinceramente, não creio que ele tenha cometido tal brutalidade. Espero que as acusações que estão lhe fazendo não sejam validadas com base apenas na delação de um assassino ligado ao bolsonarismo. É imprescindível que se apresentem provas concretas que possam confirmar a delação.
Afinal, dois inocentes foram covardemente assassinados no exercício de suas funções em prol do nosso estado. Espero que encontrem de fato os culpados para que não os assassinem pela segunda vez”.
(Com informações de Metrópoles)
(Foto: Montagem/Reprodução)