Moraes cortou pés de maconha em 2016 – Sete anos antes de votar pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi filmado cortando pés da droga com um facão no Paraguai.
O vídeo de 2016 viralizou nas redes sociais após o voto do ministro durante julgamento no Supremo, nessa quarta-feira (02).
O ‘PRINT’ É ETERNO
Sete anos antes de votar pela descriminalização do porte de maconha, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi filmado cortando pés da droga com facão no Paraguai.
O vídeo é de 2016, quando Moraes era ministro da Justiça do então presidente Michel Temer. pic.twitter.com/Z89NLwPE7k
— BRI – Brasil Independente 📰🇧🇷 (@obrindependente) August 3, 2023
Na época, Moraes era ministro da Justiça do ex-presidente Michel Temer (MDB) e viajou ao país vizinho para atuar em uma operação conjunta contra o crime transnacional.
À época, ele chegou a dizer que uma das prioridades da pasta era fazer o combate de criminosos e “erradicar a maconha” na América do Sul.
“A parceria importantíssima entre Brasil e Paraguai. Parceria que é para a erradicação da maconha, do crime transnacional e, principalmente, esse é o efeito mais importante contra criminalidade organizada. Desde o momento em que assumi, um dos meus compromissos e uma das minhas prioridades e do governo federal, por determinação do presidente Michel Temer, é o combate à criminalidade transnacional”, afirma, na gravação.
Julgamento do STF
O Supremo retomou, nessa quarta, o julgamento que discute a descriminalização do porte de drogas ilícitas para uso pessoal no país. Na ocasião, Moraes votou a favor da liberação, mas restringiu a medida somente à maconha.
O ministro ainda defendeu que seja estabelecida uma quantidade mínima de droga que o usuário possa portar para diferenciá-lo de um traficante. Ele sugeriu entre algo 25 e 60 gramas.
Com o voto de Moraes, o placar agora está em 4 a 0 a favor da descriminalização do porte e da posse de drogas para uso pessoal. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, sugeriu que o julgamento fosse adiado mais uma vez, pedido que foi aceito pela presidente da Corte, Rosa Weber.
Antes de Moraes, os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes já haviam se posicionado contra a criminalização das drogas para consumo próprio.
(Com informações de IG)
(Foto: Montagem/Reprodução)