Navio de guerra chinês – Nesta segunda-feira (05), a Marinha dos Estados Unidos divulgou um vídeo que mostra um navio de guerra chinês cortando abruptamente a rota de um destróier americano no estreito de Taiwan, forçando a embarcação norte-americana a reduzir velocidade para evitar uma colisão.
É o mais recente incidente do tipo entre forças das duas potências rivais. Na semana passada, outra gravação mostrou um caça J-16 chinês manobrando de forma ameaçadora perto de um avião-espião dos EUA na região.
Portugal começa a testar semana de quatro dias de trabalho; entenda
TENSÃO CHINA X EUA
Nesta segunda (05), a Marinha dos EUA divulgou um vídeo que mostra um navio de guerra chinês cortando abruptamente a rota de um destróier norte-americano no estreito de Taiwan, forçando a embarcação a reduzir velocidade para evitar uma colisão.
Veja o vídeo: pic.twitter.com/iOkFlG6rk4
— BRI – Brasil Independente 📰🇧🇷 (@obrindependente) June 5, 2023
O novo episódio ocorreu no último sábado (03).
O destróier USS Chung-Hoon cruzava o estreito de Taiwan em companhia da fragata canadense HMCS Montreal, no que os EUA chamam de operação de liberdade de navegação: basicamente, empregar navios de guerra em águas internacionais que seus adversários consideram suas.
O ponto mais estreito entre a China e Taiwan – ilha que pleiteia independência da China – é de apenas 160 km.
Pequim argumenta que toda a área lhe pertence, enquanto os EUA são defensores do governo de Taipé e da ideia de que as águas são internacionais.
No vídeo, um destróier de mísseis guiados chinês Luyang dá a “fechada” no USS Chung-Hoon, ficando a meros 140 metros do navio.
Segundo a Marinha norte-americana, seu navio não mudou de curso, mas reduziu a velocidade a 10 nós (18,5 km/h).
Os chineses não interferiram com a navegação da fragata canadense, que também filmou à distância o incidente.
“As forças americanas voam, navegam e operam com segurança e responsabilidade em qualquer lugar permitido pela lei internacional”, afirmou a Marinha.
‘Rotina’
O governo chinês não comentou o incidente, que tem se tornado comum nos últimos anos, com riscos de um acidente levar a uma crise militar.
No começo do ano, um caça russo abateu um drone de espionagem americano no mar Negro, derrubando-o.
Em 2001, um jato chinês fez o mesmo com um avião de reconhecimento dos EUA no contestado mar do Sul da China.
O aparelho de Pequim caiu, enquanto do de Washington conseguiu pousar danificado.
O clima entre China e EUA é péssimo, dado o reiterado apoio do governo de Joe Biden a Taiwan.
Os norte-americanos adotam uma posição ambígua, visto que o reconhecimento diplomático entre os rivais estabelecido em 1979 implica reconhecer a ilha como chinesa.
Pequim é também a maior aliada de Moscou, que está em choque direto com o Ocidente na Guerra da Ucrânia.
As relações entre EUA e China se deterioraram ainda mais desde o ano passado, após visita da então presidente da Câmara dos EUA a Taipé.
De lá para cá, os chineses administram um regime de exercícios militares quase permanentes em torno da ilha.
No fim de semana, o ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, esteve no mesmo evento que o seu colega americano, o secretário Lloyd Austin, em Cingapura.
Austin reafirmou que os EUA iriam seguir operando no Indo-Pacífico, perto da China, e Li respondeu que estaria pronto para reagir.
“Como dizemos na China, cuide de sua vida”, afirmou o ministro.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)