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Vídeo: PM mata homem rendido em SP com tiro no peito

PM mata homem rendido em SP – Na manhã deste domingo (05), um policial militar matou um homem já rendido com um tiro no peito, durante abordagem no Morro do Piolho, comunidade localizada na região do Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo.

As imagens e a informação foram publicadas inicialmente pelo jornalista André Caramante, em sua rede social. As cenas mostram o desespero das pessoas que filmam a ação.

No vídeo, é possível ver o PM atira em um homem que estava com as mãos ao alto, em sinal de rendição. Matias Menezes Caviquiole tinha 24 anos, era ajudante de pedreiro e tinha uma filha de dois anos.

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Assista:

O PM é Dernival Santos Silva, de 27 anos, que alegou que o disparo foi acidental. Segundo o policial, o homem tentou impedir que PMs se aproximassem de uma dupla que passava uma moto sem placa. Um dos ocupantes foi preso e o outro fugiu. Antes da ocorrência acontecia um baile funk no local.

“Na ocasião, policiais militares abordavam uma dupla flagrada em uma motocicleta sem placa, quando um outro homem interveio e tentou soltar os suspeitos. Ele fugiu em seguida, mas foi alcançado por outro policial. Quando o PM fazia a abordagem, houve um disparo de arma de fogo e o homem foi atingido. O policial acionou o resgate, mas o homem morreu no local”, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O corpo de Matias ficou nove horas na rua a espera de um transporte das autoridades para removê-lo. O PM chegou a ser preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar, mas pagou fiança de R$ 1,3 mil, arbitrada pela Polícia Civil, e foi solto para responder ao crime em liberdade.

A arma do policial foi apreendida para ser periciada pela Polícia Técnico-Científica. Em seguida, Dernival foi preso pela própria Polícia Militar, segundo a Secretaria da Segurança.

“O policial foi ouvido no Plantão de Polícia Judiciária Militar, onde foi autuado e conduzido ao presídio Romão Gomes [na Zona Norte da capital paulista]. Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar todas as circunstâncias do caso”, informa trecho do comunicado da pasta.

O caso foi registrado inicialmente no 47º Distrito Policial (DP), Capão Redondo, como homicídio culposo. O boletim de ocorrência afirma que o crime ocorreu por “inobservância de regra técnica de profissão”, isto é, o policial militar deixou de tomar os cuidados de segurança para a arma não disparar, segundo a Polícia Civil.

O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações do caso pelo fato de o crime ter sido cometido por um agente da PM. Policiais civis do DHPP informaram ter visto as imagens da câmera corporal do soldado, que estava presa a seu uniforme. “É possível visualizar o momento em que o policial militar efetua o disparo sem querer”, informa o Departamento de Homicídios no registro do caso.

Em seu interrogatório, Dernival alegou que Matias “realizou um movimento que derrubou o cassetete” dele” e na “eminência da grave ameaça”, “sacou seu armamento de segurança e ao tentar acessar seu cassetete que estava em solo”, “foi surpreendido com um disparo acidental, sem a intenção, no susto”.

“Porque ele já tava rendido. Ele simplesmente atirou a queima roupa. Ainda levantou a blusa do garoto. Eles alegaram que o Matias foi separar, mas o Matias não foi separar ninguém. O Rocam viu ele de frente, achou que ele tava junto com o moleque da moto, já desceu da moto agredindo ele. Onde que ele se rendeu, levantou a mão pra cima… No vídeo mesmo dá pra ver que ele tá rendido, com a mão pra cima… E o polícia, na covardia, dá um tiro nele”, falou à reportagem da Globo uma testemunha que pediu para não ser identificada.

“Olha, isso comoveu todo mundo. Do jeito que o menino era… e a polícia fazer aquilo com meu filho”, disse Jocélia Menezes dos Santos, mãe de Matias.

“Os meninos todos gostam dele. Estão todos correndo atrás de fazer vaquinha para enterrar ele”.

“A Ouvidoria da Polícia tomou conhecimento do caso, instaurou os procedimentos, e a informação que nós temos é de que foi um tiro acidental. Se foi um tiro acidental é ainda mais grave porque demonstra a falta de manejo, a falta de técnica no manejo do armamento. Demonstra que a abordagem foi uma abordagem malsucedida, que acabou culminando com a morte de um civil, quando a polícia deveria proteger”, disse o ouvidor Claudio Silva.

(Com informações de G1)
(Foto: Reprodução)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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