Zambelli pode ser cassada – Coligação do ex-presidente Lula (PT) apresentou neste mês ao TSE (Tribunal Regional Eleitoral) ação que mira de uma possível cassação parlamentares que disseminaram fake news ao longo das eleições.
No documento de 245 páginas, são citadas 81 pessoas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
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A equipe jurídica que redigiu o texto descreve um “ecossistema de desinformação”.
A acusação se direciona a um grupo de pessoas que por meio de fake news beneficiaram Bolsonaro.
Esse grupo, por meio de redes sociais, propagou informações falsas e fizeram ataques contra a legitimidade do sistema eleitoral, criando um “caos informativo”.
“Enraizar a fake news de que o sistema eleitoral é inseguro, corrompível, manipulável e não se curva à vontade popular”, afirmam os advogados.
Partindo disso, o processo aponta abuso do poder econômico e político ou dos meios de comunicação que são crimes previstos no artigo 22 da Lei Complementar nº64/90, conhecida como lei de inelegibilidade.
Carla Zambelli, deputada reeleita com mais de 946 mil votos, é alvo de duas ações individuais da coligação petista durante o primeiro turno.
Festival de fake news
Em agosto deste ano, a deputada divulgou um vídeo no Telegram e no Getter, onde na época tinha 243.400, dizendo que os títulos de eleitor digitais tinham um QR code que computaria o voto “Lula 13”.
Raul Araújo, ministro do TSE, determinou remoção da publicação e afirmou que o QR Code impresso nos títulos é uma atualização para autenticação do eleitor. A ferramenta “não substitui a urna eletrônica, não é usada para contabilizar votos e não interfere na votação em si”, disse.
A Folha de São Paulo tentou contato com a deputada, mas não houve resposta.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
(Foto: Reprodução)