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Zanin vota contra descriminalização da maconha; Duvivier critica

Zanin vota contra descriminalização da maconha – Recém-empossado como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin votou contra a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Curiosamente, o ex-advogado do atual presidente Lula (PT) emitiu o voto foi o mais conservador sobre o tema até o momento.

No entanto, Zanin concordou em estabelecer uma quantidade objetiva para diferenciar usuário e traficante. Na visão do magistrado, usuário seria quem fosse flagrado com até 25 gramas da substância.

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Os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso e Edson Fachin já haviam votado pela descriminalização do porte da erva para uso pessoal.

Em um voto considerado curto, o novo ministro do Supremo destacou que o sistema judiciário tem falhado e promovido um encarceramento em massa por conta da falta de critérios claros para diferenciar usuários e traficantes.

“Por um lado, o sistema judiciário penal é falho e vem permitindo encarceramento massivo e indevido, sobretudo de pessoas vulneráveis. Do outro lado, a declaração da inconstitucionalidade do artigo 28 da lei poderia até agravar o problema, retirando do mundo jurídico os únicos parâmetros normativos para diferenciar usuário de traficante. E ainda ao descriminalizar o porte sem disciplinar a origem e comercialização das drogas”, explicou.

‘Inconstitucional’?

Cristiano Zanin lembrou que o uso por si só já não é punido com prisão no Brasil e sim com advertência, pagamento de cestas básicas ou medidas educativas. O ministro opinou que, em sua visão, há questões de saúde que também devem ser consideradas e que conflitariam com o que diz a Constituição Federal e que a descriminalização apresenta “problemas jurídicos”.

Zanin argumentou que a medida iria contra à Constituição, que obriga o estado a zelar pela saúde coletiva.

“Não tenho dúvidas que usuários são vítimas do tráfico e organizações criminosas, mas se o Estado tem dever de zelar pela saúde de todos, como diz a Constituição, a descriminalização poderá contribuir para o agravamento da saúde. A lógica é que com descriminalização aumente o uso”, sustentou.

Após o voto de Zanin, o ministro André Mendonça pediu vista ao processo, retirando a matéria da pauta. A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo preste a se aposentar, pediu para antecipar o voto dela, e seguiu a maioria, a favor da descriminalização.

Sendo assim, o placar atual da votação da matéria do STF é de 5 a 1.

Gregório Duvivier critica

O voto de Zanin incomodou muitos apoiadores do governo e de Lula, gerando um alvoroço nas redes sociais. O comediante Gregório Duvivier, que fez campanha declarada por Lula, se manifestou de forma crítica.

Duvivier já havia criticado a possível indicação do ex-advogado de Lula para a Suprema Corte. Na época, se mostrou contrário à ideia e defendeu, por exemplo, que a indicação fosse de homem negro ou uma mulher.

Na ocasião, foi “massacrado” nas redes, sendo ‘cancelado’ por milhares de apoiadores de Lula, que o chamaram de traidor e chegaram a promover um abaixo-assinado para o Gregório fosse substituído por “um homem negro” na apresentação de seu programa na HBO.

Após o voto conservador de Zanin, o humorista se manifestou em suas redes. “Queria muito mas muito mesmo ter errado nas previsões sobre Zanin. Seria muito melhor do que ter acertado”, escreveu.

Dessa vez, a reação foi dividida, foi muitos usuários concordando com Duvivier. “Tenho que reconhecer que você estava certo, Gregorio. Assisti ao seu vídeo sem acreditar em quase nada e agora só lembro de você quando vi duas cagadas do Zanin”, escreveu uma seguidora.

(Com informações de O Globo)
(Foto: Montagem/Reprodução)

Por Thiago Manga

Thiago Manga é carioca, jornalista, assessor, já atuou em campanhas eleitorais. Atualmente é Diretor de Redação do Brasil Independente.

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